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Poesias-->ÂNSIA DO SONHO -- 19/08/2010 - 20:48 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Estes guardiões enfileirados
- sonho desnudando mídias toneladas
E sombras do aviso encobrindo a minha pele
Estes surtos alucinógenos
- penumbra do sonho pervertido
E sofro perdas irreparáveis – amor indolente
As associações maléficas
- ânsia do sonho despercebido
E a plenitude da paixão desvaneceu demente
As escrituras ilegíveis
- literatura do sonho taciturno
E desencarquilhei o meu verso no luar velado
Os escorregadores lésbicos
- ânsia do sonho de limbo fraternal
Pois pequei na luxúria da sutil sensualidade
Os inumeráveis percevejos
- luares dos sonhos inimagináveis:
Desconheço a semente que os fazem germinar
Os suspensos girassóis
- ânsia do sonho amarelecido
E ainda morro de saudade e do meu coração
Estas lágrimas de sangue
Escorrendo no sonho melancólico
- meu velório imantado em vertigens miúdas
Os desafios quiméricos
- curvas do meu sonho ilógico
E desfaleci nesta travessia de amor renegado
As perdições volumétricas
- meu sonho insólito e desprezível
E o vago me desfrutou no ingente aceno final
As cordas decepadas
- ânsia do sonho todo desfeito:
O deslize enlouqueceu ruelas do pensamento
Estes precipícios oníricos
- minha convivência com pesadelos
E o meu desconforto foi maior que a lua insensata
As falências astrólogas
- ânsia do sonho inquebrantável
E as estrelas neutralizaram o meu olhar iludido
(por Fernando Gomes)
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