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Poesias-->MINHA GALHARDIA -- 19/08/2010 - 09:55 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Se eu sou destemido
É porque desconheço a maldade que afana
No senhorio todo corrompido
Nos abraços de Luana...
Não sou de briga.
Mas tenho pressa em corrigir o teu vandalismo;
Mas eu não preciso de figa
Aos olhos do teu canibalismo...
Enfrento o meu destino
Com a frieza dos homens feitos pra guerra,
Pois eu não sou mais menino
E vê se desacerta e me erra...
Não tenho medo da morte.
Mais complicado é a travessia desta vida?
Pois se eu não tenho mais esta sorte,
Enfim não foi prometida...
Eu sou este ser impossível
Atravessando as avenidas e os túneis aglutinados,
Pois estou sempre calibrado no nível
Dos possíveis fatos famigerados...
Eu sou o meu conceito
De equilibrar as normas da minha exigência;
Mas eu não quero ser um prefeito
Sem o talento da experiência...
Eu tenho o meu estilo
Nos atropelos incomunicáveis da comunidade:
Eu sou sempre isto e nunca aquilo
Nos apelos da mocidade...
II
Sou a sombra da areia
Num deserto quilométrico chamado Saara;
E a destilação da cocaína na veia
Já é da Cláudia Lara...
Sou um espírita-cristão
Desejando tudo de bom à nossa humanidade;
Mas desconheço as ordens de um Sultão
Sorvendo a minha animosidade...
Eu sou o autêntico confronto
Comandando a minha visão cosmológica,
Pois há muito tempo estou pronto
Pra tua leitura ilógica...
Enfrento a tua quadrilha
Com a força do meu magnetismo vanguardista:
Pois se submerso nesta minha ilha,
Enxergo pela terceira vista...
Se eu sou um galhardo
É porque eu já sofri um bocado nesta vida,
Pois o peso ardiloso do meu fardo
É toda uma alegria contida...
(por Fernando Pellisoli)
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