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Poesias-->INSULAMENTO II -- 18/08/2010 - 21:20 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Eu não preciso de ninguém

Que me sirva um consolo ou uma caridade,

Pois a minha alma está além

Da irreal felicidade...



Ninguém pode penetrar

No vácuo inconfundível do meu pensamento,

Pois eu vivo solto neste mar

Do meu sentimento...



Impróprio é me chamar

Ao convívio salutar da boa-aventurança;

Pois eu só sei me desarmar

No eco da esperança...



É possível que eu mude

(na trajetória trágica da minha existência);

Mas se eu não morri no açude

É que eu tenho persistência...



Se eu navego sozinho

É porque eu me perdi do teu impoluto amor.

E se eu não bebo mais o teu vinho,

É que eu tenho sede de dor...



Quem pode me metamorfosear

Neste pesadelo desnorteado tragicômico?

Quem vem comigo chorar

Ou fazer média?



II



Deixem-me de lado.

A vida material é passagem momentânea.

Que eu sofra mais um bocado:

A morte é instantânea!...



Eu sei que estou infeliz

Neste transcurso caótico onde estou morrendo;

Mas será que eu não serei feliz

A quem está me vendo?



Será que esta vida

Foi criada por Deus para se obrar a diversão?

Será que a tua alma está perdida

Nesta tua dispersão?



Não me pegue pelo braço,

Eu quero ser sozinho no meu insulamento:

Que eu seja o suor do meu fracasso

Tisnado pelo vento...



Sou apenas um poeta

Desviado do grande amor eterno.

Tenho a alma toda irrequieta

Neste meu inverno...



Eu quero ser feliz;

Mas a vida nunca é como a gente quer:

Sou poeta, pobre, infeliz

E sou qualquer...



(por Fernando Pellisoli)

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