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Poesias-->SEM JUÍZO -- 18/08/2010 - 20:54 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estou mais desimpedido

Não escrevo mais o que me dava na telha;

Já estou muito mais envelhecido

No fulgor de uma centelha...



Acredito que o meu Papai Noel

Nunca desceu pelo buraco da minha chaminé,

Nem veio voando lá do azulado céu

Com o seu famigerado boné...



Não acredito mais no amor

De uma deusa ou fada ou cinderela;

Mas é sinuoso o meu louvor

Àquela escabela...



Talvez eu esteja me amadurecendo

Na minha transcendente maneira de olhar-me ao mundo,

Ou quem sabe subitamente renascendo

Cada vez mais fundo...



Sou um beijo da amada

Que ficou deprimido nas nuances da madrugada,

Forçosamente frágil e esquálido

Onde estou inválido...



Estou férvido e insatisfeito

Nesta tristeza desalmada ardentemente pressentida,

Como se eu tivesse sido eleito

A esta dor varrida...



II



Se eu não tenho juízo

É porque desconheço o melodrama da distância,

Na brutalidade do meu desaviso

Em última instância...



Mas o mundo é este

E me joga de um lado para o outro.

Ontem, tu me arrefeceste

Como se eu estivesse noutro...



Eu quero mudanças!

Escrever os meus poemas de forma mais amena,

Sem o ímpeto das minhas loucas crianças

Numa mentalidade pequena...



O tempo é primoroso.

Estou me sentindo menos débil (e mais maduro)

E já não sou um sujeito lacrimoso

Como um pânico do obscuro...



Metamorfose do sofrimento

Que me transpassou, em definitivo, noutra pessoa:

Sou o meu novíssimo sentimento

Num pássaro que voa...



O meu efêmero poema

Encontrou o caminho extensivo da pós-modernidade;

Mas o meu juízo é meu único sistema

E minha etérea cumplicidade...



(por Fernando Pellisoli)



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