Pôxa, Denison, porque vc não me colocou entre os caras que vc gosta aqui na Usina? Chuif! Para quem não sabe, outrora Denison tinha me intitulado "o mais filosófico da Usina". Depois virei anarco-pânqui, nas palavras daquele que placidamente chamaram de Felix, "o gato". Como se já não bastasse a pichadora tréxi Pânquiguel.
Eu me divirto e vejo que agora ganhei um imitador, "terrorista literário". Posso até sair que minha missão ficaria cumprida.
Ao observar a banalidade e o conformismo sexuais presentes na categoria "eróticos", botei para quebrar com citações de Manoel Lobato, Caio Fernando Abreu, João de Minas, Nelson Rodrigues.
A sexualidade, nos meus textos, apareceu adolescente, explosiva, polimórfica. Eros, Philos e Ágape.
Acertei abaixo da cintura e com freqüência sou pichado por isso, como se eu não soubesse que mexi com fogo.
Ao contrário do meu guru ZPA, eu rio e me divirto com as briguinhas, mas procuro sempre manter o nível. Admito que passei um pouco dos limites ao implicar com o Samuel Ramos e fazer um devaneio em que ele era um michê do Roberto Marinho. Mas, afinal, quanto do nosso jornalismo não é pura e simplesmente isso?
Já o Félix eu respeito, ele atrai a atenção da mídia reaça para o nosso sáite, e para nós, por extensão. E ainda nos diverte ao confundir tudo, vendo na cara do Lula a barba do Bin Laden, achando uma "CIA cubana", vendo as bundapintadas ameaçando-o com um Culag e uma tal TV Lumumba que não dá samba. Loucuras fora da Academia, da caserna, etc. O mais legal é que eu saquei a seriedade essencial do Félix. Esse é o calcanhar de Aquiles dele. O cara acha que tem uma missão e nós, intelectuais da esquerda, estamos mais que escaldados diante da reação abobalhada ou ressentida do povo frente à nossa missão. Meu diálogo com Félix me faz lembrar o diálogo final de O Desafio. O velho intelectual cético diz ao jovem radical: "aceite que o mundo sempre foi assim, Marcelo, sempre teve seus escravos...Você é um eleito! É um escorpião que sonha com o touro, no campo de batalha faz seu canto de amor, no campo do amor dá um grito de batalha".
A resposta, curta e grossa, de Marcelo, representado por Vianinha: "Vá à merda!"
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