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Poesias-->VIDA PÉTREA -- 17/08/2010 - 17:45 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Estou nesta madrugada
Escorrendo o meu sangue poético,
Ainda que a vida pétrea esteja sempre gelada.
Morro de tédio no meu ser patético...
Meu silêncio é meu ingente veneno
Resguardando as minhas emoções.
O meu amor é ainda muito pequeno
Nos meus advérbios e nas minhas locuções...
Estou nesta madrugada
Desnorteando a minha mente de rodeios,
Pois a minha insônia é como se fosse uma tragada
De maconha em outros meios...
O tique-taque do meu relógio,
Martelando o meu espírito imperfeito,
É como se fosse um presságio
De que no tempo material não sou aceito...
Estou nesta madrugada,
Espírito no cativeiro da matéria,
Aglutinando os meus devaneios indomáveis...
No veneno da minha artéria...
(por Fernando Pellisoli)
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