Ó
Sou o poeta da loucura.
Com tantas alegrias cantadas por poetas,
Nos oceanos da beleza,
Só me restou esta triste certeza:
Com tantas almas impuras e inquietas,
Porque devo cantar a perfeição?
Sou poeta de dores destemidas,
E tenho ingente afeição
Pelos pormenores destas vidas
Que sofrem com devoção.
Amenizo as dores dos viventes
Com as minhas elegias taciturnas,
Pois os devaneios das mentes
São depósitos nas urnas
Da etérea poesia...
(por Fernando Pellisoli)
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