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Poesias-->SILÊNCIOS TUBERCULOSOS -- 17/08/2010 - 15:47 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Os meus distúrbios orgânicos
São flores despetaladas contra o vento.
E meus versos são mil pânicos!
Desfaço das rédeas do fracasso
Como a flechada de um índio certeiro.
E nos pés de lama eu amasso
As cartas inúteis de um carteiro...
Os meus silêncios tuberculosos
São vasos quebrados da crestadeira
Nos meus dilemas musculosos...
Refaço os móveis da tragédia
Como um marceneiro tresloucado
(que depois de fazer muita média)
Não termina ao preço combinado
Os meus poemas dilacerados
São vozes de um povo acomodado
Nos deslizes transpassados...
Despedaço os meus sonhos ilhados
Como uma cachoeira sobre os penhascos!
(Rafael Gafforelli)
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