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Poesias-->TRISTEZA ANCORADA -- 17/08/2010 - 15:44 (FERNANDO PELLISOLI) |
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O meu taciturno poema
É apenas um grão de areia
A minha alma em estilo de Ipanema
É esta poesia que me sai da veia
O meu taciturno poema
É uma fruta podre jogada ao chão
E o meu amor não se chama Iracema
E tem este gosto de salsichão
O meu taciturno poema
É apenas uma vertigem de alegria
E o meu visual é de cinema
E o meu coração uma sangria
O meu taciturno poema
É apenas um ruído desolado
Sou poeta vanguardista no sistema
E carrego a tristeza do lado
O meu taciturno poema
É uma folha triste desfolhada
E ter que viver é o meu dilema
E sinto saudade da amada
(Fernando Gomes)
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