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Poesias-->RAIOS FÚLGIDOS -- 17/08/2010 - 13:25 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando nasce o poema,

Eu me transcrevo nas vísceras do amor;

Mas a desgovernada placenta

Entristece o sistema...



Os meus versos

Fulguram no orvalho das infiltrações transcendentais;

Mas o deslize esquálido

Desvanece os meus pomares...

Os raios fúlgidos

Entorpecem-me demasiadamente

Nas manhãs defuntas

Na inglória dos meus devaneios...



O ritmo indisperso

Da agonia dilacerante e lucífera

Comove as avenidas inundadas de enchentes dementes

E a impaciência dos obstáculos...



O poema nasce

Desastrosamente melancólico

Pois a impertinência dos raios fúlgidos psicodélicos

Desemboca no meu ego...

Quero do meu poema

A paisagem translúcida e bucólica,

Pois o ensejo transfigurado

Prescreve a morte...



II



Nada tem relevância

Se o assassínio da voz multiesfacelada

Permanece neutro e inalterado

Na minha inércia...



As luminosidades matinais

Proliferam as fezes encarniçadas de desumanidades,

Pois a nossa mendicância defeca-se

No encurvado das ruas...

E as borboletas são flores

Que sobrevoam infectadas (submissas ao vento),

E a delicadeza da nuance nos matizes

Degreda os miseráveis...



Os versos do ilogismo

Desconectam-se dos sentidos literais dos signos,

Pois a invernada do meu hermetismo

Desfaz-se do meu senso crível...



Escrevo estes versos

Com a minha alma truncada no meu passado excepcional,

Pois o meu amor encontra-se delirando

Nas instalações de Copacabana...



III



Um beijo de amor

São raios fúlgidos esguiolentos inquestionáveis;

Mas silencia os espasmos oníricos

Da minha fenação...



Desafio o meu silêncio

Na amargura punitiva dos meus luzeiros tribais;

Mas a obesidade dos meus pensares

Inicia-me impertinente...



E os raios fúlgidos

São moléculas estelares

Luzindo os meus caminhos tortuosos...



(por Fabiano Montouro)











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