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Poesias-->MINHAS VÁRIAS MORTES -- 16/08/2010 - 08:22 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Morro todos os dias
Levado pela minha emoção derradeira
São tantos aborrecimentos
Que estendo a minha face na morte permanente
Como se os sinos das igrejas não fossem mais badalar
Mas a cada amanhecer
Renasço envolvido na teia do meu sofrimento
Não sei se vivo ou se morro
Nas entranhas de um porvir desequilibrado
Onde o meu desejo insaciável de viver já esmoreceu
Mas em cada triste renascer
Vou tecendo o tecido desta minha eternidade
De morrer minhas mortes de renascimento
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