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Artigos-->A Águia de Haia e a Princesa do Sertão -- 23/12/2002 - 17:22 (Darlan Zurc) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


(À minha irmã Débora, com amor e gratidão.)



"É o coração da terra flagelada o de que, com os meus companheiros, viemos todos à busca, nesta romagem pelos sertões e pelo recôncavo, de Vila Nova da Rainha à Feira de Santana, da antiga corte sertaneja à bela princesa do sertão." (1)

RUY BARBOSA, "A conferência de Feira de Santana".







A aproximação de uma criança para lhe pedir um discurso pareceu a ele muito singela e desconcertante à medida que não poderia recusar. Além disso, demonstrava possuir um carinho enorme por crianças (tendo até cinco filhos) e, ao mesmo tempo que faria algo entre as muitas coisas que apreciava — escrever —, aproveitaria a ocasião (pois de bobo não tinha nada) para corrigir más interpretações sobre sua pessoa e sobre suas idéias.



Desse modo foi que nasceu a conferência de Ruy Barbosa, proferida em Salvador, no Teatro de São João, dia 22 de fevereiro de 1893, para o Asilo de Nossa Senhora de Lourdes, de Feira de Santana. A criança, tão soteropolitana quanto Ruy, era Bernardino Madureira de Pinho, cuja família muito ajudou para que o Asilo surgisse e se mantivesse.



O texto em si é uma nota de pé-de-página na biografia do jurisconsulto, jornalista, orador, diplomata, senador, deputado, ministro plenipotenciário, conselheiro e, para alguns, até filólogo Ruy Caetano Barbosa de Oliveira (1849-1923) (2), porém, para um feirense, há nele um grande valor histórico. Apesar das referências breves sobre o sertão, a conferência de 1893 foi a primeira a ter, se não Feira de Santana como objeto — coisa que só acontecerá depois, em 1919 —, pelo menos uma instituição, da qual os organizadores do evento, que ajudaram na construção do atual prédio (uma vez que, entre outras atribuições, cobraram pela entrada), souberam explorar sua natureza cristã e benfeitora. Fundado em 1879, o Asilo de Nossa Senhora de Lourdes foi, em termos sociais, uma das grandes contribuições do padre local Ovídio de São Boaventura. Para Rollie E. Poppino, autor da obra Feira de Santana, um dos mais importantes estudos sobre a cidade, “com a segurança do apoio do govêrno, o orfanato expandiu-se ràpidamente. Depois da morte do padre Ovídio, a administração do Asilo passou a ser uma organização dirigida pelas senhoras da paróquia” (3), abrigando e educando cinqüenta órfãs.



Com a expressividade política e intelectual que tinha, e que ainda permanece, Ruy Barbosa gozava na época de uma boa reputação nos setores liberais. Era apelidado de “Paladino da Liberdade”, sem falar no epíteto “Águia de Haia”, por causa do fato de ter chefiado, em 1907, a delegação brasileira na Conferência da Paz, em Haia (Holanda), onde ele fez prevalecer a tese da paridade jurídica de todas as nações.



Descartando os elogios baratos, o leitor pode se referir a ele como “o maior coco da Bahia”, segundo o cartum de Vieira da Cunha na revista “O Malho” (5-4-1919), e, nas duas definições de Monteiro Lobato, um “cetáceo nesse nosso marzinho de arenques” ou, simplesmente, “uma grande central telefônica”. Sua notoriedade, inclusive, não era só nacional. Em relação ao Caso Dreyfus — do judeu militar vitimado por uma falsa acusação de ser traidor —, por exemplo, ele mesmo, o Alfred Dreyfus, lembrou em suas memórias que partiu de Ruy a primeira manifestação em sua defesa (4), antes até do clássico “Eu acuso!”, de Émile Zola.



O ano de 1893 para Ruy foi dos mais difíceis. Em conjunto com a Revolução Federalista, eclodiu a Revolta da Armada, por causa da qual, em função de o apontarem erroneamente como mentor intelectual, ele teve de se exilar. (5) Na realidade, a fase militar dos primeiros anos da recém-criada República brasileira foi preenchida por breves ditaduras ou governos autoritários, e ele teve até seu “Jornal do Brasil” fechado pela ditadura florianista.



Do final do século XIX até o ano de sua morte, em 1923, o amadurecimento intelectual do “maior coco da Bahia” pouco se converteu tão expressivamente na área política. Das vezes em que se candidatou ao cargo de presidente, fracassou; e o desenvolvimento econômico-industrial almejado por ele teve de esperar mais. O Encilhamento da época de ministro, a propósito, foi um fiasco. Um baita fiasco...



Agora, uma coisa é certa: Ruy era o que nas rodas de conversa poderíamos chamar de “a festa dos livreiros”. Quase todo dia ele visitava as quatro principais livrarias do Rio de Janeiro, onde morava, para se inteirar das novidades e pegar as encomendas do exterior. A sua tara livresca, a qual Freud bem que poderia ter analisado (a resposta todos sabem, e está ligada à nossa irredutível pulsão sexual de todo dia), chegava ao limite de ler curiosidades sobre homeopatia e oceanografia, além dos volumosos tratados de medicina e filologia.



Ruy era um homem da ciência — no sentido abrangente do termo —, mas não parecia suportar muitas dúvidas. É bem possível que ele fosse averso a Descartes, assim como é o Diabo com a cruz. Ao menos esta observação é válida para as suas convicções pessoais. Ruy gostava das certezas, dos princípios inabaláveis. E foram em parte esses princípios que o conduziram até Feira de Santana.



*



No fim da tarde do dia 23 de dezembro de 1919, cerca de um ano após o término oficial da I Grande Guerra, nas vésperas das comemorações natalinas e, principalmente, depois de vinte seis anos quando pronunciou a conferência em Salvador para o Asilo, foi que apareceu pela primeira e última vez em Feira de Santana, nas palavras do jornal local “Folha do Norte”, a “maior cerebração americana” (6) (sic).



Franzino, baixinho, raquítico, de bigodes avantajados, ligeiramente calvo e cabeçudo, Ruy, apesar da desvantagem física, escondia uma argúcia e uma inteligência que não escaparam nem aos comentários exagerados da imprensa feirense e da capital, nem aos festejos preparados para a sua visita.



A recepção pública maior se deu na que é hoje a Praça Monsenhor Renato de Andrade Galvão. Muito adornada, regada ao som (principalmente o hino nacional) das bandas Victoria e Lyra Sangonçalense, e tão concorrida que Ruy Barbosa teve dificuldades para chegar ao automóvel que o conduziria pela cidade. As “ruidosas e delirantes ovações” (7) acompanharam o Conselheiro — assim chamado por causa do título concedido a ele pelo imperador D. Pedro II frente aos serviços prestados à Corte — até à casa do Coronel Álvaro Simões Ferreira, onde se hospedou, depois de ter agradecido pelas manifestações.



Numa síntese sobre a visita de Ruy a Feira, depois desta cerebração de bigodes ir, no início de dezembro, a Alagoinhas, Serrinha, Senhor do Bonfim, Nazaré, Santo Amaro e Cachoeira (8), a “Folha do Norte”, jornal que o apoiou no mínimo na campanha presidencial cuja eleição se deu em abril de 1919 (9), fez referência ao fato de não ser a primeira homenagem prestada pela cidade ainda que sem sua presença (10).



As eleições para o governo da Bahia estavam marcadas para 29 de dezembro, e Ruy apoiava o juiz federal Paulo Fontes, que ganhou para J.J. Seabra sem ser empossado, em decorrência de fraudes e de uma intervenção federal, assumindo Seabra em fevereiro do ano seguinte. Por isso, não foi um capricho saudosista ou uma autoflagelação, na altura dos seus 70 anos, que o obrigou a fazer um périplo pelo interior do estado baiano no último mês de um ano agitado, longe da esposa Maria Augusta e de parte da família — coisa que, segundo ele próprio, raramente ocorreu. Se bem que ele estava em Feira com seu filho Alfredo Ruy.



A “Águia de Haia” era o maior representante das oposições no estado e, de certa forma, em várias ocasiões no país. E ele tinha plena consciência desta função. Tanto era assim que lançou a Campanha Civilista (1909-1910), uma articulação da oposição contra Hermes da Fonseca para as eleições de 1910. O termo civilista se justifica pelo fato de Hermes ser militar.



Partindo de São Gonçalo, às 16 horas, Ruy Barbosa veio para Feira de Santana com uma comitiva, de trem, chegando duas horas depois e sendo recebido, principalmente, pelo Coronel Álvaro Simões, pelo Cônego José Cupertino de Lacerda e pela massa concentrada na Estação Ferroviária. (11) Para tanto, inúmeras comissões locais foram formadas para recepcionar o “egrégio brasileiro” e, como se o senso do ridículo desconhecesse limites, “uma das mais immarcessiveis glorias da raça latina” (12). Segundo um dos maiores biógrafos de Ruy, Luís Viana Filho (que foi deputado federal, governador e senador e filho do político Luís Viana), as viagens dele pelo interior da Bahia apoiando Paulo Fontes “lembra Napoleão ao retornar da ilha de Elba. (...) Mas, principalmente, cada uma delas evoca uma jornada de grandes sacrifícios” (13). Em outras palavras, “a campanha era bem diferente da anterior. A propaganda devia estender-se ao interior do Estado, obrigando a longas viagens, ora em pequenas embarcações, ora em péssimas estradas de ferro, tudo extraordinariamente fatigante, sobretudo para um velho” (14).



O grande opositor de Ruy na Bahia era a personificação do casamento entre o poder institucional e os oligarcas: José Joaquim Seabra, filho político, entre outros, do Marechal Hermes e afilhado ideológico do governador baiano Antônio Moniz. Em 5 de dezembro, em uma das conferências no interior, assegurava Ruy que a política estadual era “a desordem encefálica de uma oligarquia, onde reinam as maiores incapacidades políticas do Brasil” (15). E J.J. Seabra ou, para usar as palavras irônicas de Ruy Barbosa, o “Senador Loógo Trapalhada Retumbo” não passava de um chefe da “ciência raciocinativa da pândega” (16).



O seabrismo era uma força que Ruy não poderia subestimar. Participante da Revolta da Armada e da Revolução de 30, ministro da Justiça, governador da Bahia eleito em 1912 (e também empossado em outro mandato, o de 1920), deputado geral (ou federal) e candidato à vice-presidência, Seabra tinha poderes que se aproximavam aos de oligarcas famosos tipo Acióli (Ceará), Rosa e Silva (Pernambuco), Borges de Medeiros e Júlio de Castilhos (Rio Grande do Sul). (17) Para se ter uma idéia, em edição do dia 27 de dezembro de 1919, numa matéria sobre a conferência de Ruy em Feira de Santana, o jornal “A Tarde”, que era pelo menos aparentemente favorável ao Conselheiro, destaca a existência de “boatos terroristas espalhados pelo seabrismo” (18).



O curioso de tudo nesta briga foi a cena de um homem exaltado na cidade, na Pensão Universal, dia 25. Ele estava com um revólver e dava vivas a Seabra, ameaçando os partidários de Ruy. E qual não foi o seu azar que, tendo lançada desconcertadamente a arma sobre uma mesa e gritado “É o que tenho para eles”, ela disparou sem querer e o feriu gravemente.



*



A relação de Feira de Santana com Ruy Barbosa era razoavelmente próxima antes da sua conferência para o Asilo de Nossa Senhora de Lourdes e antes de sua visita à cidade. Em ofício da Câmara Municipal feirense para ele (e aceito sem pestanejar), quando então era ministro da Fazenda, há o pedido de isenção de impostos de importação para a estátua do Padre Ovídio, no final do século XIX, vinda da França. Houve, igualmente, um centro ou grupo ruysta (19), criado em novembro de 1919 para favorecer a candidatura de Paulo Fontes a governador. E manifestações políticas apoiando-o sempre existiram na cidade.



Uma das poucas coisas incompreensíveis entre Ruy e Feira é o recorrente elogio dele para a cidade, o qual se encontra em textos como o “Manifesto à nação” (20). Feira — me desculpem os feirenses mais apaixonados — foi e é uma cidade de beleza menor, sem a exuberância que, para além do antigo caráter comercial, sobra em Ouro Preto e Cachoeira. Portanto, não se justifica a beldade indicada no “Hino à Feira”, de Georgina Erismann (21), onde ela começa a primeira estrofe destacando o que rigorosamente é escasso por aqui: “salve, ó terra formosa e bendita!”. Será se Ruy e Georgina viram na “Princesa do Sertão”, como ele chamava, o que a obviedade ululante de Nelson Rodrigues logo encontraria, ou a generosidade das palavras deles fizeram da verdade um artigo supérfluo? Nem respondo nem pretendo; deixo a dúvida com o leitor. Possivelmente, tal dúvida encontrará boa solução neste oportuno livro do Prof. Raimundo Gama, elaborado para a cidade com a paixão de quem se entrega e com um afeto que não se acaba.



Setembro de 2001.





______________________________

(1) BARBOSA, Ruy. Obras completas de Ruy Barbosa: Campanha da Bahia. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa e Ministério da Cultura, 1988, vol. XLVI (1919), tomo III, p. 173.



(2) A atenção que se poderia dar em relação à grafia do nome “Ruy” nem sequer merece aqui uma linha. O leitor certamente tem melhores assuntos para se preocupar. Basta observar que, por batismo e pelo uso do próprio dono nas assinaturas, o nome dele com “y” é o correto. O “i” só se justifica em razão de acordos ortográficos que suprimiram estrangeirismos.



(3) POPPINO, R. E. Feira de Santana. Trad. Arquimedes P. Guimarães. Salvador: Itapuã, 1968, p. 285.



(4) Em forma de artigo, ele publicou seus argumentos no Jornal do Commercio, de janeiro de 1895, com o título “O processo do Capitão Dreyfus”.



(5) Aproveitando o ensejo, sem forçar a barra e insinuando que eu pareço ser mais culto do que sou realmente, o exílio de Ruy, na Argentina, lembra um pouco a retirada de Aristóteles de Atenas quando procuravam condená-lo. Na ocasião, disse o filósofo e por certo repetiria o Conselheiro: não será dada à história a oportunidade de errar novamente. O primeiro erro teria sido com o envenenamento de Sócrates. E se havia dedicação por justiça e liberdade no mito que criaram para Ruy Barbosa, não era o caso de haver nele um espírito religioso tal qual tinha Sócrates quando foi condenado e se manteve irredutível na prisão, negando qualquer possibilidade de fuga.



(6) Folha do Norte, 6-12-1919, p. 1.



(7) Diário da Bahia, 25-12-1919, p. 2.



(8) Nessas cidades, Ruy também fez conferências; as datas respectivas são: 3, 4, 5, 19, 20 e 21 de dezembro do mesmo ano (claro!). Comparando-as, a conferência de Feira de Santana é a menor, chegando a de Santo Amaro a ser mais que o dobro dela.



(9) Com a morte de Rodrigues Alves, que nem tomou posse, as eleições presidenciais de 1919 foram antecipadas para abril. Ruy se candidatou pela segunda vez, posto que a primeira ocorreu em 1910. Mesmo vencendo em todas as capitais (à exceção de Manaus e João Pessoa, terra do seu adversário Epitácio Pessoa), fazendo campanha por só três meses, ele, com 118.303 votos, perdeu por uma diferença de 131.021 votos. Se dependesse de Feira de Santana, ele também amargaria uma derrota, pois Epitácio recebeu 599 votos e Ruy menos da metade: 240. Inclusive, de novo em Feira, o candidato a governador Paulo Fontes, que ele apoiava, em dezembro de 1919, perdeu para J.J. Seabra (1.040 votos) por uma diferença de 787 votos (veja O Feirense, 1o-1-1920, p. 1). Para 1910, concorrendo com o Marechal Hermes da Fonseca, Ruy teve uns 222.800 votos e aquele cerca de 403.860. Apesar de sua desistência, Ruy, nas eleições de 1914, chegou a ter cerca de 47 mil votos — contra Venceslau Brás, que atingiu a marca de 532 mil votos aproximadamente.



(10) Cf. Folha do Norte, 1o-1-1920, p. 1.



(11) Cf. Diário de Notícias, 27-12-1919, p. 2.



(12) Ambas as expressões aspeadas são da Folha do Norte, 20-12-1919, p. 1.



(13) VIANA FILHO, Luís. A vida de Rui Barbosa. 11a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987, p. 43.



(14) Idem, p. 444.



(15) BARBOSA, Ruy — op. cit., p. 82.



(16) Idem, p. 81.



(17) Cf. SAMPAIO, Consuelo Novais. “Prefácio” in: BARBOSA, Rui — op. cit., p. XI.



(18) A Tarde, 27-12-1919, p. 2.



(19) Cf. A Tarde, 29-11-1919, p. 1. A diretoria era constituída por Gastão Guimarães, Genésio da Silva, Juventino Pitombo, Coronel Antônio Ferreira, Coronel Alfredo Castro, Major José Araújo e Major Marinho Melo, todos feirenses, salvo engano.



(20) Apesar de ter destacado a ausência de sistemas de água, luz e esgoto (aspectos básicos, para ele, da civilização atual), Ruy sugere, numa passagem nada realista, que “considerai o sertão da Bahia no mais ridente dos seus centros de população, na mais bela das suas cidades abaixo da metrópole estadual, na Feira de Santana” (Obras completas, vol. XLVI, tomo III, p. 208).



(21) A feirense Georgina Erismann (1893-1940) era, segundo entendidos, uma boa pianista e compositora, e chegou a estudar música em Salvador e no Rio de Janeiro. O Hino à Feira parece que foi composto na década de 20, sendo cantado pela primeira vez na cidade de Feira em 1928.









Prefácio ao livro “Feira de Santana e Ruy Barbosa: o pouso da Águia na ‘terra formosa e bendita’” (Feira de Santana (BA): sem editora, 2002, 188 pp.), organizado por Raimundo Gama.











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