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Cronicas-->Cronicas da Minha Aldeia VI - 2 - A Biblioteca da Regional -- 18/01/2006 - 12:48 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Biblioteca da Regional

O que mais me fascinava era o museu. Ele ficava no segundo andar e a escada, pelo lado de fora, dava ao edifício um ar chique e provincial. A nossa escola sempre foi bonita. Muito bonita. As janelas pintadas de azul aflorava nas paredes brancas e eram sombreadas por um imenso pé de paina que ainda abrigava uma casa de joão-de-barro.Plantado no lado esquerdo de quem entrava pelo portão ele também, o pé de Paina, sombreava as bancadas de madeira onde a gente devorava o nosso mate com angu. A escada era no lado direito onde ficava a oficina de mestre Montes e, um salão de alvenaria, onde meu pai ministrava aulas de pinturas aos domingos. Neste salão também ocorriam solenidades cívicas, apresentações teatrais, festas juninas e, em certas ocasiões, simplesmente como sala de aula normal.
O meu fascínio era o museu. Quando eu subia a escada parece até que meu coração palpitava. Tinha vezes que parecia explodir quando de rabo de olho via uma onça que ficava deitada, olhando para quem entrasse.
Como a primeira biblioteca pública da Aldeia era a da Escola Regional de Meriti, provavelmente foi o primeiro museu também.
Essas lembranças me fazem entender o quanto era importante os livros do escritor Monteiro Lobato e que naquela época estava contemplado por nossa biblioteca com uma coleção. Talvez eu tenha sido influenciado pela caçada a onça - uma aventura de Pedrinho no Sítio do Pica Pau Amarelo.
A professora Armanda,diretora da escola,que todos chamavam carinhosamente de Dona Armanda, tinha muito xodó pela biblioteca. Ouvi dizer que havia um livro autografado pelo Imperador Pedro II.
Quando tinha algum evento escolar no salão eu ficava olhando as estantes tentando adivinhar onde ficavam os livros de Monteiro Lobato.
Bem, eu estava lembrando mesmo, era da onça empalhada do nosso museu. Tinha muitas outras coisa que até os meninos e as meninas andavam fazendo as experiências do livro de ciências.
Há um dito da sabedoria popular que diz que no tempo da onça as coisas eram assim e tal. Eu só acho que no tempo da nossa onça as coisa eram melhores.
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