O FABULOSO DAMIÃO
E SUA PICA DE FERRO
Um casal vai passar a lua de mel lá em Mogi das Cruzes e, de repente, se vêem perdidos em um bairro decadente. Depois de andar algum tempo pela cidade eles passam por uma casa de espetáculos pornô onde está sendo anunciado:
HOJE APRESENTAMOS O FABULOSO
DAMIÃO E SUA PICA DE FERRO
Curiosos, resolveram entrar para conhecer. Após algumas representações, foi anunciado o fabuloso Damião, que entrou sob grande aplauso. Começou então a apresentação. Veio para a cama que havia no palco uma loura, que ele traçou; veio em seguida uma morena, que ele traçou também; e aí veio uma ruiva, que ele traçou com mais apetite ainda...
O público aplaudiu efusivamente. O casal comentou que o cara devia estar esgotado, mas depois da última mulher, escutou-se o rufar de tambores e entrou uma assistente com uma mesinha e três nozes. O Damião então, com o pênis, quebrou as três nozes com três pancadas precisas.
O público foi então à loucura, aplaudindo de pé.
Vinte e cinco anos depois o casal decidiu voltar a Mogi das Cruzes para comemorar as bodas de prata e rememorar os velhos tempos. Chegando lá tiveram a idéia de refazer o percurso que haviam feito na noite da lua de mel e acabaram encontrando a mesma casa de espetáculos, agora bem mais decadente e, para a surpresa dos dois, ela tinha ainda na porta o mesmo cartaz anunciando:
HOJE APRESENTAMOS O FABULOSO
DAMIÃO E SUA PICA DE FERRO
Movidos pela curiosidade foram então assistir o espetáculo e viram o mesmo cara, já um senhor, traçando todas com as meninas com a mesma energia.
Ao final, quando os tambores começam a tocar, entrou a assistente com a mesinha, agora com três cocos, que ele quebrou da mesma forma que antes.
Admirados e surpresos foram ao camarim conversar com o Damião e perguntam sobre a mudança de nozes para cocos, e o ator respondeu:
- Vejam vocês o que não faz a idade! A velhice é terrível. Eu tive que trocar para cocos porque, depois de uma certa idade, a vista ficou fraca e eu não consigo mais acertar as nozes.
CARLOS CUNHA
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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