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Cronicas-->Tirem as mãos de mim -- 23/11/2000 - 00:27 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Tirem as mãos de mim!
Despejaram o governo Brasil Novo por excesso de pagamentos. Só que o inquilino do planalto pagava a todos amigos, menos aos locadores. Nós. Eternos idiotas contribuintes da classe média m...
O Planalto é um dos imóveis com a maior taxa de ocupação de bilhão de cruzeiros por inquilino transado do país. Todo mundo quer ser inquilino da mamata, corrupção e dos trilhões sugados dos que produzem e que são distribuídos pela corte ali residente. Todos aspirantes aos cargos têm planos de salvação nacional, tipo de solução a curto, médio e longo prazo, mais negociação amena para dívida externa, controle dos gastos públicos e um friquilhÃ¥o de fantasias económicas para melhoria de vida dos brasileiros.
Os planos têm sempre o velho lema: saúde, educação e desenvolvimento. Ultimamente um novo termo substitui desenvolvimento :modernidade. NÃ¥o tem um mamador que nÃ¥o use a palavrinha a três por quatro. Só que a modernidade pregada vira velharia a cada novo orçamento anual, ou um novo ministro empossado. Outro bla-bla-bla é que cada começo de governo, as "otoridades" económicas usam o mesmo chavão:" há necessidade do sacrifício de todos para que possamos construir um país melhor". Só que o sacrifício de todos cai sempre na classe média M.., ou seja a classe cinco a vinte(sal.mínimos) Sobem a energia, água, telefone, colégios, carne, pÃ¥o e supermercado. A isso eles chamam de ajuste para zerar os preços defasados. Aumentam os impostos de Renda, Iptu, Ipva e outros que só pesam no bolso da média m... Em contrapartida comprimem os salários, mudam os cálculos das aposentadorias e respectivos reajustes e transformam nossa classe na responsável única pelo "sacrifício de todos". Assim estamos nos sacrificando há duas décadas em benefício das experiências económicas inéditas, engordando os assaltantes do colarinho branco, corruptos crónicos, "impegáveis", "incondenáveis", "improcessáveis" e "imexíveis" deste país. Basta! Tirem as mãos de mim ! Nós do colarinho sujo, sujo do suor, do trabalho, do pagamento da "imprevidência social", do Iptu para financiar eleições, nÃ¥o suportamos mais tanta humilhação nem somos carneirinhos prontos para o abate. Temos que reagir, pagar com a mesma moeda. Temos que declarar uma guerra surda contra todos impostos e taxas. Devemos deixar de pagar a energia, a água, o Iptu, o I.Renda e tudo aquilo que representar fonte de receita para o governo que nÃ¥o seja compulsoriamente roubados de nossos contracheques. Se nos unirmos nÃ¥o haverá gente suficiente para cortar a nossa energia, nossa água nem Procurador para cobrar nossos impostos.
Os sujos do colarinho branco roubam muito ou quase tudo. Nós limpos do colarinho sujo devemos tomar o que nos roubaram num ato de legítima defesa. NÃ¥o devemos, nÃ¥o podemos e nÃ¥o queremos esperar pela justiça nem pela lei. Vamos deixar o poder sem dinheiro para ver se alguém ainda vai ter coragem de exigir o "sacrifício de todos". Se vai criar impostos de emergência ou compulsórios "indevolvíveis". Quero ser processado por desobediência civil, lentamente e interminavelmente como todos ladrões e assaltantes de caneta deste resto de país.
Lembro-me agora de meu Professor de Filosofia numa aula de Lógica. Pediu a todos os alunos que descrevessem o nada. Naquela época eu coloquei o seguinte: O nada é uma faca sem làmina que perdeu o cabo. Hoje, eu teria uma definição muito mais lógica: Nada é o governo brasileiro que no tem nada para fazer e faz tudo para fazer o nada. Ou ainda: Nada é a classe média m...,que nunca teve nada e agora acabou de perder tudo.


Essas palavras são dirigidas a mim mesmo e a quem quiser ler, ficando também um aviso para os ladrões que saíram e os que estão se preparando para entrar.
Mauro de Oliveira
20.10.92




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