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Poesias-->Sede -- 10/08/2010 - 00:51 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sede



O que cabe

no cérebro

sedento de imensidão?

Abismo?

Silêncio?

Estrondos?



Cabe um oi

inesperado e sóbrio

de algum amor

inesperado.



Que sacuda neurônios

amestrados

e os salve

da mesmice.



Cabe a paisagem espelhada

dos olhos da gente nos olhos

de alguém.

Que não pretenda salvá-los

da barbárie

da paixão.

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