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Poesias-->Singradura -- 20/06/2010 - 17:31 (Alfredo Domingos Faria da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Singradura



O navio está atracado ao cais.

Preso a terra, seguro.

Aos poucos as espias vão sendo liberadas.

Até que o navio está solto, livre.

Ele fica sob máquinas, com controle do seu destino.

Vai ganhando autonomia, cumprindo sua rota.

Cruza mares espelhados e mares revoltos.

O comandante o conduz na busca de melhores destinos.

Chegará aos portos quando lhe aprouver ou necessitar.

Assim, somos nós.

Primeiro presos à mãe.

Ao ganhar idade, vamos nos soltando.

Nossas cabeças passam a nos guiar.

Passamos por algumas situações calmas e por outras nem tanto.

Pegamos ventos serenos, mas, também, enfrentamos vendavais.

Atracamos em muitos portos, uns seguros, outros não.

O conhecimento e a sabedoria vão fornecendo as ferramentas.

Operá-las é por nossa conta.

O resultado é fruto.

Pode ser doce, gostoso.

Pode ser amargo, detestável.

Tal qual o navio, que enferruja e fica obsoleto,

Somos nós ao entrarmos na velhice.

O estaleiro repara o navio.

O médico restabelece a saúde.

Mas o navio e nós paramos um dia.

Viramos todos sucata.



Alfredo Domingos Faria da Costa

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