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Artigos-->62. SOMOS PRIVILEGIADOS — HERIVELTO -- 21/12/2002 - 08:26 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Agora, mais que nunca, é tempo de subirmos a montanha da fé, para podermos ter o descortinar de todo o grandioso panorama do amor divino, pois Deus nos deu a possibilidade de caminhar com os próprios pés, na medida exata das nossas pernas. Sendo assim, é possível abarcar, com nossa visão, amplo horizonte de benfeitorias, no avanço rumo ao Infinito Amor e, com os braços, o mundo todo, resumindo-o a uns poucos centímetros de fé, através da ampliação de nossos poderes por meio da caridade, se formos capazes de compreender o objetivo final da criação, através da esperança. Mais tarde, bem mais tarde, poderemos ter certeza da realização; contudo, no momento atual, é-nos permitido vislumbrar, com nítida perfeição, todo o paraíso prometido, no qual conquistaremos pedacinho do reino de Deus.



Jamais iremos, no entanto, merecer sequer essa grandiosa visão, sem que nos dediquemos integralmente aos trabalhos redentores, que só os aspectos mais sublimes da doutrina cristã são capazes de nos proporcionar. Vamos seguir o nosso caminho, na esperança de poder adentrar o reino de Deus, mesmo que muitos percalços tenhamos de ultrapassar na nossa jornada de amor. Embora tenhamos realizado boa parte da caminhada, ainda assim muito teremos de perlustrar para começar a enxergar ao longe, bem ao longe, pequena luz, que nada mais será que o primeiro posto de restabelecimento e de repouso, para a compenetração do que se fez e para a preparação da continuidade da caminhada.



Eis, bons amigos, o que nos espera, a todos nós, nesta existência, de ambos os lados da realidade, pois todos somos humanos e de mesma natureza. Ontem, palpávamos as trevas para, através do tato, poder situar-nos. Hoje, temos descortino novo, pois somos capazes de sentir e pensar, raciocinando e emocionando-nos, pois temos sensibilidade capaz de prever acontecimentos, formas e cores, bem assim somos dotados de certa capacidade intelectual, o suficiente para nos orientarmos em nosso caminho de esperançosa alegria de poder chegar a algum lugar grandioso e pleno de realizações e de paz. Mais que nunca, pode o homem compreender que dispõe de boa formação material, organicamente constituída e apta a desforços úteis para que a caminhada se dê segura em cada encarnação.



Do mesmo modo, nunca antes tivemos sossego social condizente a nos oferecer princípios de revitalização e de restabelecimento no campo da saúde, para que pudéssemos prosseguir vivendo, sem bruscas interrupções. Além disso, possuímos o anteparo de educação possível de ser realizada, de molde a propiciar à maioria da população, condições de manuseio das obras sagradas, que nos auxiliam a penetrar no mundo da verdade a nós revelada duplamente: pelo Cristo, nosso mestre e senhor, e pelos ensinamentos da codificação kardequiana.



Sendo assim, somos privilegiados, pois temos ao nosso alcance recursos de toda a ordem, nunca antes oferecidos à raça humana encarnada. Por que, então, desprezamos todas essas facilidades, para manter-nos afastados das obras de redenção mais necessárias, para que nosso padrão vibratório alcance as metas mais próximas da revitalização final que nos conduzirá para o Cristo, em seu paraíso de amor? Por que hesitamos constantemente, na incerteza marcada de realizar condignamente todas as tarefas a nós destinadas e pelas quais temos de lutar para não perdermos o impulso e a oportunidade da encarnação? Por que duvidamos até de nossas forças, em completo esquecimento de que Deus é pura justiça e só amor?



Não percamos tempo, irmãos. Encetemos nossa caminhada montanha acima, buscando na fé as forças necessárias para que a peregrinação se dê plenamente. Não titubeemos em aceitar os ensinamentos do Cristo e em trilhar os caminhos seguros das leis de Deus. Mantenhamo-nos atentos para os deslizes, pois descer é mais fácil, já que as tentações se encontram cá embaixo, a nos acenar com comodidades e com prazeres que satisfazem o nosso “ego”, mas que nos afastam cada vez mais dos compromissos da vida. Quem estiver apto a caminhar que o faça desde já. O difícil será deixar-se surpreender pelo desenlace, que é inesperado, sem que um só pouquinho da estrada esteja vencida.



Não nos abalemos com as palavras sacrifício, dor, miséria, saudade, pobreza, quando aplicadas aos aspectos materiais da vida. Quem não sacrificaria todos os seus bens, todos os seus utensílios, todas as suas propriedades, se tivesse totalmente segura a certeza de que está sendo chamado pelo Cristo para, com ele, adentrar a casa do Senhor? Quem não abriria mão de todas as facilidades da vida para usufruir em espírito a bem-aventurança eterna?



Caso qualquer pessoa responda afirmativamente, no sentido de aceitar os compromissos com o advento de era de felicidade imperdível, deverá compreender que terá de afastar-se de obter lucros meramente materiais, para ir habituando-se com fatos exclusivamente espirituais. Todas as suas propriedades serão transportadas para a continuidade existencial que o aguarda após a morte, pois trará o coração repleto de virtudes e dos maiores apanágios que possam ser amealhados na face da Terra, todos através do sacrifício, da dor, do amor ao próximo, da vida regrada pelas sentenças mais lúcidas, que estão registradas indelevelmente nos livros sagrados do evangelho. Mais valerá, então, vida obscura, recolhida, imersa no mais profundo anseio de conquistas morais do que existência carnal consagrada pela glória e pela ânsia de tudo poder e de tudo possuir, na ordem da sociedade humana.



Dia virá em que as verdades a que nos referimos serão sentidas por todos os corações, pois o estado de purificação ficará cada vez mais facilitado pelas conquistas sociais do povo como um todo. Aí será muito mais acessível o coração humano à influenciação espirítica através da mediunidade. Agora, enfrentamos alguns sérios problemas na base de nossa peregrinação pelas estradas da vida. Sem que tenhamos integral compreensão desse fato, não poderemos acertar o remédio para a cura dos doentes dessa desastrosa doença que se apanha pelo contágio das vontades e das luxúrias. Ainda que nós nos ativéssemos a apenas registrar fatos isolados, mesmo assim muito assustados ficaríamos com o volume de trabalho a desempenhar; imaginem, então, quando formos capazes de abranger toda a sociedade com nossa visão perquiridora dos problemas, compreendendo a sua extensão e as imensas dificuldades para sanar todas as deficiências celulares desse imenso tecido orgânico!



Nada mais confortador, no entanto, do que saber que são muitos os companheiros que se dispõem a mourejar conosco na divulgação incessante das benesses advindas do procedimento, segundo as orientações fundamentadas nas palavras do Senhor. Sem essa ajuda, cada um de nós pouco poderia fazer. Por isso é que estamos a enaltecer os Evangelhos e a buscar insuflar nas mentes dos encarnados as noções que lá se contêm.



Dia virá em que mais e mais pessoas estarão usufruindo esses benefícios através da leitura, da meditação e da prática do bem. Hoje, no entanto, não vemos grandes progressos para logo, pois muitos são os homens que se deixam levar pelas ilusões, pelas fulgurações perfunctórias que os bens materiais são capazes de emitir, constituindo-se nas tentações mais funestas para quantos sejam pegos desprevenidos.



É, por isso, irmãos, que vimos pregando vida mais simples, mais de acordo com as raízes do homem natural, mais próxima da natureza e mais feliz, da felicidade de se verem, como grandes, pequenas realizações no seio da família, junto aos vizinhos, no âmbito do trabalho, nas oficinas, escritórios, escolas e mesmo na zona rural, onde cada um pode emprestar ao próximo, com um pouco de sua compreensão, um pouco de seu trabalho, de seu esforço, auxiliando o companheiro a superar as dificuldades, para o que sozinho seria inútil qualquer tentativa.



Estamos felizes com o desenvolvimento desta mensagem, pois verificamos que nosso intuito foi inteiramente conseguido e nossas palavras adquiriram forma, aparecem registradas com toda a nitidez e traduzem nossos sentimentos e nossos pensamentos. Esperamos que venham a ser lidas por muitos que se encontrem em condições de atendimento, para que não tenhamos a sensação de ter pregado no deserto, para as areias e as nuvens. Só assim, através de textos como este, podem os espíritos alertar para as dificuldades da caminhada. E é com a ajuda destes textos que pode o leitor vir a apressar o seu retorno ao caminho de sua ascensão em direção ao reino do Pai.







Graças a Deus, irmãozinho, chegamos ao fim! Estamos em condições de ouvir as considerações dos amigos que nos auxiliam nesta caminhada, da mesma forma que buscamos nós mesmos ajudar a quantos se disponham a aceitar conselhos e a ouvir razões de caráter metafísico.



Antes de encerrar, escreva esta última palavra de agradecimento e de aviso: “Uma prece só é pouco para a pessoa merecer o paraíso; mas, sem ela, jamais lá entrará.”



Adeus e fique na graça e na paz do Senhor!



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