Usina de Letras
Usina de Letras
187 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62187 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->TROVAS POPULARES -- 18/06/2004 - 15:29 (FRASSINO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nestas festas de Verão
andam todos a dançar
uns são ricos outros não
pois a alma é popular.

Em aldeias ou cidades
vale tudo, pois então,
o brio não ‘scolhe idades
nem despreza a tradição.

Seja noite, seja dia,
cada hora é preciosa,
procissão ou romaria,
festa brava deliciosa.

Há feiras e diversões
cabeçudos pauliteiros
em cada canto foliões
e moças de ares brejeiros.

Tambores e cornetadas
ouvem-se por todo o lado
há foguetes de alvoradas
e fogo preso anunciado.

Andam ranchos e folclore
pelas ruas desfilando
o Reitor prega de cor
e a banda vai alegrando.

Enfeitando as janelas
os vaidosos manjericos
trazem flores nas lapelas
tanto pobres como ricos.

As crianças mais traquinas
vão pedindo uns tostões
p’ras cascatas das esquinas
de volta com arranhões.

Estendem mão ao turista
e o barrete ao sacristão
piscam o olho ao fadista
de guitarra ou violão.

Sabem dizer cantilenas
lançam fitas em harmónio
e nestas noites amenas
são os fãs de Sto. António.

De noite não têm medo
junto à fogueira bravia
pedem meças a São Pedro
e foliam até ser dia.

Cheira a febras e a chouriça
anda vinho na caneca
p’ra folia não há preguiça
todos são levados da breca.

Até os velhos e as velhas
não têm vergonha, não,
andam p’las escuras quelhas
a cantar o São João.

E quando o calor aperta
e a sede a boca incendeia
há torcida pela certa
ainda antes da ceia.

E quando cai a noitinha
o aroma é de matar
há pimentos e sardinha
e pão fresco a estalar.

Porta aberta p’ra quem passa
manda Deus assim fazer
que não haja mais devassa
quem não tinha passe a ter !


Frassino Machado
In TROVAS DO QUOTIDIANO
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui