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Poesias-->Traição Bíblica -- 09/05/2010 - 12:52 (MARC FORTUNA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aproximastes como um cordeiro

Entitulou-se um amigo verdadeiro

Colocou-se à disposição

Para ajudar-me em minha missão

De guiar o meu povo a um caminho justo e certeiro



O recebi em minha morada nesse instante

Deixei que se sentasse à mesa ao meu alcance

Te convidei para tornar-se meu discípulo

[mais importante]

E nesta última ceia, com um cálice de vinho, falei:

— "Não traia-me, pois jamais o trairei".



Mas a ganância era sua espada

E ser o primeiro discípulo para ti não era nada

Derrotar o mestre era preciso

Para que não fosses apenas discípulo.



E assim despediu-se de mim

Com um forte abraço fraterno

Colocando-se a meu lado nessa luta sem fim

De cuidar de nosso povo com ardor eterno.



Noutro dia, pela manhã, montou seu cavalo

E cavalgou até a corte do imperador

Suplicando a ele o regalo

De transformá-lo, de meu povo, em senhor

E por algumas moedas de prata

Sua espada da ganância, meu coração cravou.



Na corte, o imperador ordenou

Àquele povo, um novo senhor

E decidiu para sempre apagar

O mestre do povo das terras do mar.

Consultando seus bispos na corte real

Ninguém ousaria ao rei, dizer não

E assim, cometendo um pecado capital

Os bispos lavaram suas mãos.



O discípulo voltou como senhor

Para as terras do povo do mar

Mas ao chegar, contemplou com temor

Que não mais haviam discípulos para liderar

Apenas os ratos do porto

Dos barcos que vinham do mar.



E, raivoso, procurou o antigo mestre

Questionando onde estava a multidão

O povo que ele iria liderar.

Viu o mestre e seu povo dando as mãos

Cercados pelas bênçãos da união

Do povo das terras do mar.



E assim, o discípulo — agora senhor

Seguiu sozinho

Acompanhado apenas pelos ratos do porto

Dos barcos que vinham do mar.





©Marc Fortuna (Lord Fortuna of Lancaster)

09/05/10 — 00h46m

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