2.004 – A flor e o canhão
A flor e o canhão.
Sempre uma batalha,
que na primeira demão
a vida talha.
A flor murcha e se esvai.
Aí, impera o canhão,
que não cai
e é só explosão.
Nada de lamentação.
nem pensar na vida ralha,
pois na primeira inundação
a flor entra na galha.
E convoca outros e uns – vós amai.
A força torna-se só intenção
e quando todos dizem – parai,
o canhão aniquila-se na corrosão.
Complicado está o escrito.
Vamos deixar mais simples,
por de lado o canhão
e rimar flor com amor!
|