Quanto à disposição das rimas, o soneto clássico, petrarquiano (referente a Francesco Petrarca), aprsenta-se com a seguinte configuração: abba + abba
e cdc + dcd.
Todavia, há autores que preferem inverter as rimas do segundo quarteto(fazendo o mesmo ou não com os tercetos). Exemplo (sem mexer nos tercetos): abba + baab e cdc + dcd.
Ainda existem os que preferem a forma abab + abab e cdc + dcd.
Na verdade, nos quartetos, a maioria dos autores só usam duas rimas(as mesmas para o primeiro e segundo quartetos), embora alguns usem rimas diferentes: duas para o primeiro e outras duas para o segundo quartetos, que seriam representadas, por exemplo, pelas letras abba + cddc(tercetos a gosto ou como acontecer na hora da feitura do soneto).
Quanto aos tercetos, os autores têm mais liberdade e há até os que usam três rimas: cde + cde.
Já vimos bons sonetos rimando, apenas, o segundo com o quarto versos dos quartetos, assim como acontece na trova: abcb + abcb.
Não damos aqui cada exemplo, porque alongaria demais o texto, que teríamos de dividir em várias partes.
Todavia, quem tiver a curiosidade de algum caso que não consiga identificar em sonetos lidos, quanto à disposição das rimas, estamos às ordens para possíveis esclarecimentos. Inclusive, quanto a fenômenos como crase, hipérbato,metáfora,metonímia,paralelismo,quiasmo,silepse,sinalefa,sintaxe,vocativo, etc.
E viva o Soneto multissecular! |