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Cartas-->Carta para o JoãoZinho, e sua lenda sobre as drogas. -- 03/11/2003 - 17:33 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A Propósito do Conto “A Lenda das Drogas” de Joãozinho
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


“Tomada essa iniciativa, após milênios de concentração e análises químicas e biológicas, o senhor de todos os males chegou à fórmula perfeita, criando o tabaco. E para pôr em execução seu grande e perverso propósito, após infestar de insuportáveis mosquitos as florestas tropicais e equatoriais, apresentou sua maravilhosa criação ao homem selvagem, que a utilizou com bom resultado para afugentar os tormentosos insetos. Daí, o passo subseqüente foi colocá-la ao alcance do colonizador europeu do final da tenebrosa Idade Média, que, fascinado com a satânica combinação de venenos, se encarregou de disseminá-la pela Ásia, pela África, pela Oceania e por todas as partes do globo em que punha os pés com sua avidez colonizatória.

Após o colossal sucesso em seu demoníaco empreendimento, o astuto anjo decaído observa tranqüilo quando o fumante, depois de um pouco de tempo sem a droga, começa a sentir-se deprimido, com dor de cabeça, irritadíssimo, brigando por qualquer coisa, exatamente como o Diabo gosta, e corre para seu maço para mitigar seu tormento e atormentar seus colegas e seus familiares com aquela nauseabunda fumaça.”

O amigo
JoãoZinho está coberto de razões. O “Coisa Ruim é deveras astucioso. Não bastasse a invenção do tabaco, ele foi muito mais longe. Descobriu outras drogas Como a corrupção e a ganância. E ainda deu o pomposo título de “empreendimento”. “Negócios”. E enfeitou o bolo com o dito do “livre mercado”. “Prosperidade”. No mercado, chamado lícito, ele vende cigarro. Engana o governo com a arrecadação de tributos. E, sempre que é molestado, ameaça com o desemprego do pessoal que trabalha nas fábricas de cigarros. Sem falar na queda da arrecadação tributária. E os governos, fumantes ou não, acabam dando uma “tragada” no cachimbo da paz. E, quando muito, faz o seu jogo de cena. Mandar dizer, primeiramente, “que o cigarro pode ser prejudicial à saúde”. Depois, de muita pressão, resolve mudar a frase para “o cigarro é prejudicial à saúde”. E manda inserir nos maços o retrato da miséria que é o hábito de fumar. Todas as doenças e males ali são reproduzidas. Como se isso adiantasse alguma coisa. Como se o Ministério da Saúde fosse um órgão criado, apenas, para advertir. Se faz mal á saúde, deveria ser proibido.

Nas demais drogas, chamadas ilícitas, o Diabo conta com a ganância e a corrupção. E o tráfico de drogas prospera. Junto com ele, a violência e o crime organizado. E outros penduricalhos: prostituição infantil, prostituição ética e moral. Desvios de recursos ganhos ilicitamente para o exterior. Lavagem de dinheiro. Assassinatos. Queima de arquivos. Impunidade. Autoridades envolvidas. Descrença e desesperança. Juventude sem rumo. País escravizado. Mundo civilizado. Mundo globalizado. Erotizado.

O diabo é o culpado. Mas os homens (alguns) também estão ao seu lado. E pensar que tudo, a rigor, depende de nós: o eleitorado.

03 de novembro de 2003
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