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Artigos-->À guisa de introdução ao soneto -- 17/12/2002 - 16:33 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"O intemerato cavaleiro da Poesia (escreveu o poeta Rangel Coelho sobre o poeta Vasco de Castro Lima), tornou-se, assim, o arauto do Soneto. E, através do Tempo e do Espaço, no-lo apresenta, desde a sua invenção, na "fase anteclássica", ou "medieval"( "a primeira das literaturas ocidentais"). Mostra-o imperando no Classicismo moderno, imbuído do espírito greco-romano; também nas Academias dos séculos XVII e XVIII; e, ainda no Arcadismo, que, entre nós, culminou em Minas, para, afinal, exibí-lo no Romantismo, no Parnasianismo, no Simbolismo e no Modernismo - como expressão eterna e culminante de uma Poesia culminante e eterna."(Tentativa de prefácio para a antologia MUNDO MARAVILHOSO DO SONETO, editada por Vasco de Castro Lima - Livraria Freitas Bastos S.A. - Rio - 1987).

Surgido na Itália, com Giacomo da Lentini, no reinado do poeta Frederico II, da Cicília(1194/1250), muitos outros nomes são citados como inventores do Soneto, como Pier delle Vigne, Girard de Bourneil, Fra Guitone ds Arezzo, que fixou a sua forma definitiva; e, entre muitos outros, Petarca, que o imortalizou, através de suas extraordinárias produções espalhadas e amadas por todo mundo.

Mas, o que é o Soneto? - É um poema de forma fixa, composto de quatorze versos, divididos em dois quartetos e dois tercetos, com versos de dez sílabas poéticas(o decassílabo) ou doze, o dodecassílabo ou alexandrino(nome surgido em virtude do poeta francês Alexandre du Bernay ter escrito uma epopéia em homenagem a Alexandre, o Grande, da Macedônia, nessa métrica).

Vejamos um exemplo de decassílabo:

OS CISNES



A vida, manso lago azul, algumas

vezes, algumas vezes mar fremente,

tem sido, para nós, constantemente,

um lago azul, sem ondas, sem espumas.



Sobre ele, quando, desfazendo as brumas

matinais, rompe um sol vermelho e quente,

nós dois vagamos, indolentemente,

como dois cisnes de alvacentas plumas.



Um dia, um cisne morrerá, por certo:

Quando chegar esse momento incerto,

no lago, onde talvez a água se tisne,



que o cisne vivo, cheio de saudade,

nunca mais cante, nem sozinho nade,

nem nade nunca ao lado de outro cisne!...

Júlio Salusse(1872/1948)



E, um exemplo de alexandrino:

DUAS ALMAS



Ó tu, que vens de longe, ó tu que vens cansada,

entra, e sob este teto encontarás carinho:

eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,

vives sozinha sempre, e nunca foste amada...



A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,

e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.

Entrsa, ao menos até que as curvas do caminho

se banhem no esplendor nascewnte da alvorada.



E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,

essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,

podes partir de novo, ó nômade formosa!



Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:

há de ficar comigo uma saudade tua,

hás de levar contigo uma saudade minha...,

Alceu Wamosy(1895/1923)



No soneto decassílabo, cada verso deve ter sílaba tônica nas 4a.,6a. e 10a. ou 6a.,8a. e 10a. sílabas: são chamados versos heróicos. Quando as tônicas são nas 4a.,8a. e 10a. sílabas, o verso éw chamado sáfico. Há, todavia, belos sonetos, de autores famosos, com um ou dois versos, com tônicas, apenas, nas 6a. e 10a. sílabas.

Predominam, com certeza, os versos heróicos(com dois ou três versos sáficos, no máximo, entre quatorze versos de um soneto; enquanto há sonetos com todos versos heróicos, não temos notícia de nenhum com todos sáficos! Todavia, o verso sáfico é uma espécie de tempero, que dá mais gosto ao soneto!Isto é, a mistura de heróico com sáfico, dá mais musicalidade ao poema.

Quanto à rima, como predominam na nossa língua, asa palavras paroxítonas, a grande maioria dos nossos sonetos são graves. A propósito, tivemos um professor-sonetista, que preferia soneto q
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