Não quero asas,
Quero o vento,
para me levar de encontro aos meus próprios medos.
Quero a coragem,
o fogo,
o terreiro sagrado,
onde a filha de Ogum
encontrará Xangô.
Quero o meu templo,
com o altar
seleto e certeiro
preparado pelo meu pai perfeito
para o meu preceito,
meu sexto,
meu amuleto.
És o meu Quelê,
meu Omulú,
meu porquê.
És meu Deus,
minha divindade,
meu Orixá sempre a me proteger.
Como Padilha em noite de gira,
És o sol, o mar, a ventania,
A certeza de que esta noite vou encontar você,
Meu Exú,
meu bem querer.
Meu feitiço,
meu viver.
Dila
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