Usina de Letras
Usina de Letras
134 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50612)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->PÓ-EMA -- 04/03/2010 - 07:48 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pó-ema



Por Marluci Ribeiro de Oliveira

Em 14/04/2003 (Ana Zélia)



Poema se constrói. Tem mil faces.

Traz em si a forma, a sedução, o estilo.

Por mais que se intentem disfarces,

Nada lhe cobre o viço ou tende a feri-lo.



Só olhos mui sagazes

Lhe extraem o sumo, o peristilo.

O néctar com que os deuses se comprazem

E podem usufruí-lo.



Poema tem suas bases,

Com as quais podemos senti-lo.

É fluido como os gases,

Tangível como um silo.



Poema é pó. São asas.

Se vende a granel, a quilo.

É algo que se entuba, embrulha e envasa

Mas se perde ao se tentar segui-lo.



Poema é só. Não casa.

Se reproduz, mas é sempre filho

De um poeta malsão que extravasa

O momento que lhe saiu do trilho.



Faz da vida um refrão, um estribilho.

Transforma em feixe de sons o que era brilho,

Embaralha as formas do que parecia lindo.

Seduz o que era inócuo, o torna infindo.

Se satisfaz sendo a fonte do problema

E a rima da solução renovadora.

Tudo isso é o poema:

Pandora,

Medusa,

Tântalo.



Prescinde de musas,

De sândalos

E aurora.

Nasce natimorto

E se imortaliza.

Se faz torto

Entre balizas.

Se recusa à métrica,

Abusa.

É figura tétrica,

Intrusa.



Pode ser cântico, hino

Encantar serpentes,

Causar desatinos,

E, entrementes,

Retomar destinos

Sem vãs recusas.



Poema mente. Poema chora.

Sorri amarelo entre dentes.

Faz que volta ao ir-se embora,

E é o mais sozinho dos entes.



Bifurca. Afunila. Choca.

Espeta qual tridente.

Poema cutuca. Provoca.

É o riso soturno, silente.



Poema não se poematiza.

Se sente.

Se esvai fresco como a brisa

E devasta tudo qual procela.

Poema é antes de tudo a vida:

Enigmática e bela.

_______________



POema da poetisa Marluci Ribeiro de Oliveira, uma mulher completa. Mãe, esposa, com formação superior em Administração de Empresas, com Locução e Apresentação para rádio e Televisão, pela Fundação REDE AMAZÔNICA- Manaus/AM, uma poeta que sente na alma o sabor dos versos que exprime toda a beleza que existe em si. É com muito orgulho que a apresento. Londrina-PR, 04.03.2010 (Ana Zélia)



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui