Depois que parti
daquela cidade,
lembrei, com saudade,
o rostinho de Elisa.
Revi seu semblante,
sereno, profundo,
sem par neste mundo...
Seus olhos brincavam
com os meus, que saudade
daquela cidade,
cidade de Elisa!
Depois que parti
daquela cidade,
Elisa não há de
sair da lembrança.
Meu peito palpita
se lembro o seu nome
e até me consome.
Elisa, eu pergunto:
por que tal paixão,
se beijos não dei-te,
se nem te afaguei?
Se amei-te em segredo
enquanto passavas...
te via e corava,
paixão de mancebo?
Se eu só te olhava ...
Porém, tu me olhando,
meus olhos tombavam?
Elisa, Elisa,
meu sonho, ilusão
do meu coração,
de felicidade,
Amei-te acanhado,
amei-te em segredo;
sublime paixão,
paixão de mancebo.
Agora, distante,
amargo a saudade
de ver-te outra vez...
Porém não há vez.
Elisa, cresceste,
quiçá te casaste
e nunca soubeste
que, um dia, te amei.
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