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Textos_Religiosos-->Conversar com Deus -- 15/11/2007 - 17:34 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Conversar com Deus
Do livro "A Luz do Mundo"
Adalberto Lima, nov.2007.




Precisamos conversar com Deus com humildade e simplicidade. Cativar Seu amor não pela eloqüência das palavras, mas pela pureza e mansidão de nossos corações. Por iniciativa nossa jamais buscaríamos a Deus, mas Ele mesmo nos impele e atrai a Si, inspirando-nos a oração de louvor, adoração, súplica e ação de graças, da forma mais divina que o humano é capaz de realizar. Comunica-se conosco de diversos modos, e serve-se de um instrumento incapaz, capacitando-o para servi-lo. É Deus quem dá a missão e a provisão, para que seu Reino seja anunciado, vivido e vivenciado, ainda aqui na terra. Oramos porque Deus nos impulsiona a orar. A oração nasce primeiro no coração de Deus. Vem de Deus para o homem e volta do homem para Deus.
O grande canal aberto para falarmos com Deus, sem nenhum congestionamento de linha, é sem dúvida, a oração e leitura bíblica. “A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração a fim de que se estabeleça o colóquio entre Deus e o homem; pois a ele falamos quando rezamos; a ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (S.Ambrósio). Se a oração é antes da leitura, prepara o campo para receber a semente que será lançada pela Palavra. Se a oração vem depois, é Deus já recolhendo os frutos da semente por Ele plantada. Mas pode ser que a oração venha durante e intercalda à leitura, neste caso, torna-se um diálogo entre Deus e o homem.
Em 2007, meditando a ressurreição de Jesus, deparei com o questionamento de Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé que se dirigiam com aromas ao sepulcro de Jesus, elas diziam entre si: “Quem removerá a pedra?”(Mc16,3)
Fiz uma pausa na leitura e disse a Jesus: Senhor! Estou endividado, minha dívida é meu sepulcro. Tenho muitas contas a pagar, mas não aparece comprador para o imóvel que pus à venda há quase dois anos. Quem removerá a pedra?
Senti naquele momento o Senhor me dizer: Peça ajuda! Mas eu não sabia como pedir e nem a quem pedir, senão a Ele mesmo. Então simplesmente repeti: Senhor, quem removerá a pedra? E em poucos dias surgiram várias propostas de negócio e o imóvel foi vendido por um preço justo.
Esta foi uma oração de súplica feita dentro de um contexto bíblico. Um diálogo curto, porém eficaz, utilizando a Palavra de Deus para conversar com própria Deus. Como disse Santa Teresinha: A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.
Eu diria que a oração é perfume de agradável odor a Deus. É óleo derramado sobre as chagas de Jesus. É o próprio Deus que nos impulsiona a orar. Se suplicamos declaramos nossa pequenez diante daquele que não cabendo no mundo se faz tão pequeno a ponto de se dar como pão. Se glorificamos imitamos os anjos que não cessam de proclamar a glória de Deus. E se agradecemos, também louvamos o Senhor pelas maravilhas que realiza em nós. Se suplicamos, é porque acreditamos que nosso Deus é o Deus do impossível. Ninguém pede alguma coisa a quem nada pode dar. Se rendemos graças ao mesmo tempo em que suplicamos, é porque acreditamos que vamos receber, até mesmo antes de havermos recebido.
Jesus orava ao Pai, para nos ensinar que tudo é possível pela oração. “Nas vossas orações, não multipliqueis palavras...”(Mt.6,7). Por causa dessa advertência, Muitos consideram a reza do terço como multiplicação ineficaz de palavras. Nesse sentido, não multiplicar palavras significa não fazer discursos com palavras rebuscadas na inteligência humana, tentando persuadir a Deus com a arrogância da oratória.
O discurso eloqüente sai do intelecto do homem, e não passa pelo coração. Não atinge os céus, mal ultrapassa as barreiras da própria razão e cai de volta sobre o teto de sua cabeça na forma de vaidade. A oração que agrada a Deus é como a conversa entre amigos, dispensa formalidades, sem, contudo, faltar o respeito que os amigos guardam entre si.
Deus não precisa de nossa oração, nós é que precisamos orar. Assim, se contemplamos os mistérios do nascimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus, lançamos azeite em nossas próprias chagas. Sabemos que Pai Nosso que Jesus nos ensinou rezar é um tesouro apanhado no coração do Pai e colocado diretamente no coração de seus filhos. A repetição desta oração não se deságua na intolerância da multiplicação de palavras, (M 6,7) mas, conduz à oração persistente do “amigo importuno” que recebe tudo que precisa por causa de sua insistência (Lc 11,5-10). Até mesmo a Ave-Maria, tão criticada por nossos irmãos apartados, tem no centro da fé a exaltação do santo nome de Jesus: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus.”
Não há atalho que nos leve aos céus. A estrada é longa e a via é dolorosa. Mas há uma ponte... Há uma só ponte que nos leva a Deus. Apenas uma ponte nos leva pelos caminhos retos... Somente Jesus é a ponte. A fé em Jesus Cristo é caminho mais certo que conduz a Deus e a oração o caminho mais simples que conduz à fé. Quando rezamos a oração sobe da terra como perfume pela mão dos anjos, o céu faz silêncio de meia hora e Deus ouve o homem. (Cf.Ap 8,3-4) Quando fazemos silêncio de meia hora o perfume do céu desce à terra pela mão dos anjos e o homem ouvi a Deus. Quanto tempo tens silenciado para ouvir a voz de Deus? Qual o perfume que estás mandando para o Céu? Alguns mandam rosas, buquês e ramalhetes, quando rezam o rosário, outros mandam apenas os espinhos, quando criticam esta mesma oração. Alguns dão o melhor de si para Deus, outros dão apenas o resto. Fazem isso quando dão para Deus apenas a sobra do seu tempo, quando dão aos semelhantes apenas as sobras de alimento. Nunca dão do melhor de sua mesa nem de suas vestes, mas o que não lhe serve para ser usado ou consumido.
A sabedoria popular conta uma história semelhante à do rico e Lázaro, narrada por Lucas:
Um homem gastava sua fortuna banqueteando-se com seus amigos. Não media esforços para satisfazer os prazeres da carne, mas era mesquinho quando se tratava das coisas do espírito. Participava das celebrações da Santa Eucaristia e dava uma oferta muito abaixo de suas posses. Havia também um homem muito pobre, porém, justo e piedoso que levava uma vida de oração. Aconteceu que morreram os dois na mesma hora e apresentando-se simultaneamente ao céu, São Pedro deu uma chave a cada um deles. O rico olhando em todas as direções viu duas casas: uma mansão e uma outra muito modesta.Dirigiu-se ele para a mansão, e com a chave que recebera, tentou abrir a porta, mas a chave não se encaixava nas engrenagens da fechadura. Voltou e disse a São Pedro. A chave que me deste não abriu a porta da mansão que me está reservada no céu.
São Pedro respondeu: Aquela mansão é daquele outro homem, pois, o material que mandaste para o céu, só deu para fazer aquela pequena casa. Mas aquele, com o material que mandou, o Pai celeste fez uma mansão, portanto aquela mansão é dele. O homem rico protestou: Quero falar com Jesus! Eu paguei pesados impostos na terra, e cumpri todas as obrigações de cidadão!
Jesus estava a seu lado, mas o rico não O tinha visto ainda. E Jesus disse-lhe: Tu deste ao homem o que é do homem e negaste a Deus o que é de Deus.Enterraste o tesouro que te dei, guardando para si os dons que eram para ser colocados a serviço de teu próximo. Devolveste ao homem o dinheiro que lhe pertencia e negaste a Deus a adoração e louvor que a Deus é devido. Adoraste o dinheiro e os ídolos terrenos, prestaste homenagens às criaturas, mas não prestaste nenhuma honra ao Criador. Guardaste muito em teu paiol na terra, mas armazenaste pouco nos celeiros dos céus. Encheste a tua tulha com o que respigaste na seara do vizinho, mas não permitiste respigar em teu campo. Agora, contenta-te com o pouco que recebes, pois não fizeste por merecer nem isto! E dirigindo-se ao pobre disse: Meu filho, as tuas orações e tuas esmolas subiram à presença de Deus como perfume (At 10,4). Tu tinhas pouco tempo e dinheiro, mas ofereceste tudo que tinha.O desejo de Deus não é tão somente a oferta de parte do teu tesouro, mas a oferta por inteiro de ti mesmo, porque tu és o tesouro mais precioso para Deus. Vem receber a tua herança, porque ela te pertence.



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