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Artigos-->ISTO NÃO ME OFENDE, AO CONTRÁRIO, ENALTECE. -- 16/12/2002 - 11:54 (OLYMPIA SALETE RODRIGUES - 2 (visite a página ROSAPIA)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ISTO NÃO ME OFENDE, AO CONTRÁRIO, ENALTECE



Há algumas pessoas que, na ânsia de me ofender, escrevem (anonimamente...) me chamando de velha (ou véia...). Ledo engano! Não me ofendo... por que me ofenderia com a verdade?

Velha é uma palavra que me soa agradável pelo realismo que sugere. Não gosto muito da palavra idosa, mas ela também não me ofende. Já disse e repito, detesto a expressão terceira idade... ai, que arrepio!... terceira idade sem ter a primeira e a segunda?



Acho que a palavra velha abarca toda a riqueza da velhice. Faz

pensar em vivência, experiência, aprendizagem, sabedoria. O velho carrega na alma e na face as pauladas todas da vida. Também gosto da palavra pauladas... as pauladas da vida não podem voltar atrás, não podem ser abolidas, não podem ser esquecidas e não há plástica que as elimine. E sorte de quem chega à velhice com tudo na dose certa: as alegrias e as tristezas, as pauladas e as carícias, as mazelas e as glórias, curtindo e assumindo.



As rugas e as cicatrizes têm histórias, tanto as vitórias como as derrotas estão ali contadas.



Porque me amo, amo a idade que tenho. E muitas vezes tenho a sensação de que tenho muito mais, graças ao que vivi em excesso, que vivi mesmo quando desejava a morte, cansada da luta, com raiva da vida...



Pena que tantas pessoas não gostem da palavra velha e ficam

mascarando a coisa essencial. Não gostam mesmo é da velhice, evidência a que nos levam os anos e nossa natural caminhada. E a velhice acaba sendo tão temida que muita gente abre mãos de viver intensamente, usando todo seu tempo malhando e passando cremes na cara ao invés de aproveitar o que a vida tem de bom para lhes ofertar.



Não reprovo absolutamente tais cuidados, mas temo seu exagero e a ilusão que ele cria. E temo a mídia que leva muita gente ao pavor daquilo que não podem impedir e a assumirem essa ilusão desmedida. E, mais ainda, a mídia inconseqüente que nada ajuda e ainda atrapalha, provocando a formação de preconceitos hediondos e massacrantes.



Pensemos todos nisso. Principalmente você que está meio perdido(a) na primeira ou segunda idades, ainda não definidas pelos inventores da terceira, mas que estão caminhando para uma velhice que – desejo ardentemente – seja vivida com muita alegria e sem o menor constrangimento. Pois nada é pior na vida que uma velhice amarga, vazia e sem dignidade.




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