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Poesias-->A REUNIÃO -- 14/02/2010 - 05:50 (Vera Linden) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A Reunião



Por Vera Linden



O Morro Perdido de nome mudou

Quando a Dama chegou

Colocou as asas douradas

Convocou suas aves amadas

E mais os Sapos, Peixes e Jacarés

Que a olharam através dos aguapés.

A hora havia chegado

O Momento sagrado

Em que os animais

Seres puros e essenciais

Fariam suas vozes serem ouvidas:

A defenderem suas ideias,suas vidas

Disse o Crocodilo indignado

Por que meu choro é ignorado ?

E, assim, um por um,

Sem faltar nenhum

Ocuparam a tribuna

Daquela organizada comuna

- Que coisa mais estranha,

Reclamou a Piranha

-Por que chamar a moça da esquina

A pobre da triste sina,

com meu nome ? Vá entender!!??

Estes humanos, são de doer!

Seguia em ordem a grande reunião

No Morro da Salvação

Sem nenhum medo,

Não havia nenhum segredo

Só a mais triunfal harmonia

Isto tudo parece até fantasia.

Como os bichos são organizados,

Calmos e civilizados.!

Observou a Dama admirada.

Seria tudo obra de uma poção encantada?

Que se compõe, ora vejam,

Do impossível que pessoas desejam:

Suor de sogra boa e sincera,

Uma folhinha avermelhada de aloe-vera

Suspiros de um político honesto

A compaixão feita num gesto

Uma lágima de alegria

caída à revelia

dos olhos de uma virgem,

pela grande coragem,

daquele rapagão

de sincero coração.

O seu inestimável amado,

Seu doce namorado.

-Bem, qual poção coisa nenhuma !

São as pessoas, uma por uma,

que esqueceram de valorizar

e há muito de cultivar

os verdadeiros e nobres sentimentos.

e elevam os seus pensamentos,

muito mais para as mesquinharias,

do que para as puras alegrias.

Filosofou o Sapo Tomé,

com atitude e segurando o seu boné.

A Dama se encantava

E da bicharada cada vez mais, ela gostava.

Um belo Cisne se adiantou

e corajoso se pronunciou:

- Não sou de fazer cenas,

mas pobre de minhas penas,

são vitimas desta terrível poluição,

isto sufoca até o meu pulmão!

Tanto óleo queimado e fedorento

e este cheiro terrível e pestilento!

Reclamou indignada Dona Garça.

Não há quem a nossa salvação faça ?

A Dama se sentiu convocada,

chegara a sua hora predestinada..

Retirou dos olhos a venda

e falou para quem a entenda:

- Já me deram nomes de deusas

e tantos vivem a minhas expensas,

me chamam de Justiça, a mãe de todas Leis.

Homens, seres humanos, o que quereis ?

Corrompidos pela ambição desmedida,

o que tornais, o que fazeis desta vida ?

Prefiro ouvir os animais

Do que vossos argumentos banais!

Com descaso, com hipócrita propaganda

destruístes de banda em banda,

a beleza da Terra,

como uma maldita fera.

Quem são os irracionais ?

Vós ou estes pobres animais ?

A Sra. Justiça, tão digna Dama

quando discursa se inflama.

Mas, leitores, bem sabeis,

São os homens que criam as Leis.

Cá ente nós, prefiro de coração

assistir aos animais, em sua reunião.



Verão de 2010 - fevereiro

São Léo -RS







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