Usina de Letras
Usina de Letras
280 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->57. RESPONSABILIDADES SOCIAIS — LUÍS -- 16/12/2002 - 08:47 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Como são belos os dias do despertar da inocência”(1), quando o homem se vê crescido e pronto para enfrentar as responsabilidades! O período da infância é muitas vezes, período de felicidade, em que os seres humanos aprendem a proceder em harmonia com o grupo, segundo os ditames das leis sociais mais comuns. É como se vivêssemos sem saber. Aos poucos, no entanto, vamos crescendo, nosso espírito vai abarcando maiores horizontes e somos capazes de compreender o que se espera de nós, no âmbito da família e do grupo social a que pertencemos.



Está claro que esta não é a verdade universal. Muitas crianças existem, infindáveis e desventuradas, que não sabem sequer o que é ter família. Mesmo assim, contudo, são capazes de passar em branco pela vida, sofrendo, é verdade, mas não tendo noção clara e exata do próprio sofrimento. Quando despertam da inocência, aí é que as cores ficam negras e seu horizonte se tolda em promessas de grandes tempestades.



Esses seres são os que nos interessam agora: são os que não reuniram condições materiais, por força das injustiças de sociedade egoísta, voltada tão-somente para a glorificação do passageiro, do efêmero, do acessório, do que vai ser no fim deixado para trás. Nesses casos há desesperança, pois a criança que ignorou a própria dor vai fazer sofrer o homem consciente e revoltado, vai produzir ser que, se não for tratado devidamente, fatalmente se transformará em monstro, como podemos simbolizar através da lenda do lobisomem. Se as pessoas reagirem sob o impacto das emoções distorcidas pelo sofrimento, terão desenvolvimento mental e espiritual altamente oneroso para sua evolução e para a conquista de seu “paraíso”.



Não nos vamos ater aos que simplesmente se rebelam e se projetam nas sombras da ignorância e do medo, procedendo em desatenção e em profundo desamor. Vamos mais longe flagrar os que buscam, através da hediondez dos crimes, da perversão dos sentidos e da subjugação dos inocentes, vingar-se, em atitude de total ignorância dos malefícios que a si próprios estão causando, pois a cada morte que praticam, a cada assassinato, mais uma vida de recomposição lhes será acrescentada, mais um “lucro” a ser contabilizado na longa lista dos débitos que constituirá a sua folha corrida nos anais da vida deste lado da realidade.



Não viemos para insuflar o medo nos corações humanos, mas estamos preocupados em evitar a progressão dos crimes que medram nessa violência imensurável dos que passaram a infância sem assistência e ao desamparo de quantos tinham a responsabilidade do trato e do encaminhamento, desde os pais inconseqüentes, que abandonam os filhos à mercê da voracidade da vida material, até o mais remoto dos governantes, que se senta na cadeira mais importante do executivo. São todos responsáveis e todos têm parcela de culpa na formação do caráter dos criminosos, embora a maior culpa seja do autor dos delitos. É por isso que, freqüentemente, assinalamos que a humanidade é solidariamente responsável pelo progresso de cada um de seus membros, quer do ponto de vista material, quer no sentido espiritual da sua progressão rumo ao reino de Deus, meta final, última, definitiva, de todo o rebanho e não dos indivíduos particularmente.



Se, mais tarde, todos formos capazes de bem compreender esta lição, aí adquiriremos melhores condições de agir segundo as prescrições do Cristo em seu evangelho. Por ora, temos apenas certeza do muito trabalho que espera por todos nós.



Ao finalizar, solicito prece coletiva, no mesmo diapasão do texto, para bem verificar se o que deixamos registrado conseguiu guarida no coração e na mente de todos:



“Ave, Maria, cheia de graça...”



“Pai nosso, que estais nos...”







Revigorados pela prece, temos condições de prosseguir em nossa argumentação, para perorar, exortando a todos que se abstenham de cometer crimes e que busquem a glória do Senhor, através de muito trabalho socorrista, de muita assistência aos pobres e de muita dedicação aos atos da caridade cristã, pois assim reuniremos créditos para solucionar definitivamente o problema levantado.





(1) Evocação livre de versos do poema de Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”, inserto em “As Primaveras”.







EXPLICAÇÃO — HOMERO E EQUIPE



O irmão não quis ser identificado, mas, por insistência do médium, que achou um bom texto, embora radicalizado, foi autorizado o registro do nome Luís, criatura que sofreu na pele tudo o que escreveu a respeito da situação dos revoltados da injustiça.



Tínhamos comentário a fazer, mas perdeu a oportunidade, tendo em vista que fizemos as nossas observações diretamente ao autor. Achamos muito feliz o resumo da intenção do texto e do sentimento envolvido como “radical”, e isso nos satisfez.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui