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Artigos-->Ronda -- 16/12/2002 - 03:37 (Marciano Lopes e Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RONDA

Em memória de João Antônio



I



Assovios... sirenes... silvos

rompem o silêncio.



Gritos e tiros

invadem os tímpanos.



(trapeiros em meio ao lixo

chiam canções)



Fios e ferros

ferrolham ferozes.



(pelo corpo

cala

-frio

o desejo)





II



Detrás das grades,

ladram olhos

sebentos e frios.



Felinos suaves

deslizam ao luar.





III



Movidos pelo fogo

arranham suas cordas,

recitam insânias insônias

e arrancam do peito

blasfêmias.





IV



A imobilidade dos galhos

obstrui as estrelas,

devora

o sonhar dos passos.





V



Disputa-se no taco

a bola da vez.



Em meio à balbúrdia,

rola na máquina

um Coração Sertanejo.



(agarrado ao balcão

bamboleia um borracho)





VI



Transgênica higiene:

carecas cacetes

excretando a doxa.



(serviço sanitário gratuito

de purificação da imagem pública)





VII



Camisa estampada,

o sorriso cortês

do velho cavalheiro.



Rosas vermelhas,

de mesa em mesa,

na madrugada.





VIII



O bêbado imbecil

e tagarela.



A galera da gang

escarrando.



Guspe e gangrena.



O sangue nas mãos.

Miolos

no meio fio.





IX



Em cada esquina

vira e revira

uma pomba-gira.



Porrada e cassete

na madrugada.





X



Os

cães

em grades

ladram insones:

ferinos & felinos.





XI



Correria:

no fim da carreira

um brilho fátuo.
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