Passamos por Monte Carlo e a silhueta inconfundível do Hotel Negresco aparece recortada contra o sol. Iates de luxo deslizam por suas ´águas tranqüilas e a grande quantidade de toldos perto da praia apontam para hotéis e restaurantes luxuosos;Aí ,sem dúvida rola muito dinheiro;avisto,de longe,com olhos compridos a Gran Corniche.Recordo velhos contos de Somerset Maugham que encheram de sonho minha adolescência.Na véspera, assisti ao mais belo pôr-do-sol desde que estou no navio;uma explosão de cor,uma fita de luz se espalhando pelo infinito,o azul-grey do céu como pano de fundo para tudo aquilo e o sol mergulhando no mar,devagarzinho,sem pressa,como se até ele tivesse preguiça de descer aos abismos de Hades,deixando tanta beleza;num átimo percebi porque a Itália é a pátria das artes;impossível não ser artista com um cenário assim.Pássaros alegres e ligeiros cruzam o céu,peixinhos prateados cercam o navio;tudo é beleza e perfeição.A cidade tem o tom do mármore de Carrara,uma harmonia perfeita entre os tons terrosos da cidade e a explosão de cor á sua volta.Ao longe passa um cargueiro escuro bem á nossa frente. ;acordo do sonho ao ouvir o oficial de bordo gritar:
- Zero-Five-Two,controlando a rota.
-zero-five-two,Sir,responde o tripulante.