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Infantil-->YU-GI-OH NA ESCOLA -- 16/07/2003 - 23:23 (NILTON MANOEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
YU-GI-OH!
Nilton Manoel



O sensasionalismo pela da audiência maciça de programas de televisão, em meio do mês passado, fisgou um modismo da infância para agitar a sociedade: AS CARTAS do YU-GI-OH que, podem muito bem ser usadas como recurso técnico de alfabetização, letramento e interdisciplinaridade escolar.
Nota-se a falta de recursos inovadores em muitas escolas públicas e que o PNLD passa a ser a única cesta básica do professor. O livro didático tem sido de passagem efêmera pelas mãos dos alunos. São encapados e recolhidos ao final de aulas com a desculpa de uso por outras turmas. O copismo necessário de textos vira patente no dia a dia. Sem o livro na mão o aluno não adquire os conhecimentos próprios da lição de casa e o desgosto pela leitura inicia-se e progride ano por ano. Todos sabemos que os dicionários e a biblioteca da família não chegaram às mãos dos alunos como se esperava através das informações dadas pelos canais de TV popular e TV Escola. A demagogia pedagógica é marcante entre os gestores da educação basica. A família é resposável pela educação e orientação dos filhos.No entanto,anda bastante distante. Na infância a fantasia e a realidade tem força socializadora. A revista Escola, baseada nos PCNs,defende gibis, histórias de bruxas e fadas e até histórias de terror... O vazio que há em figurinhas, games, CDs escolares é imenso. Há escola que, ainda discrimina o trabalho inovador do professor. Projetos que são realizados até em feiras e bienais não chegam ao site da educação. O ler e escrever tomam mensagens que lembram a música dos anos setenta:"você também é resposável".Os gestores administrativos nem querem saber da existência de micros, internet,video-game; prendem-se ao cuspe e giz de sala de aula e esquecem-se de valorizar o trabalho daqueles que vivem a realidade da educação numa sala. A escola de nossos sonhos vive em planilhas que ressaltam o bônus em três modalidades... O professor quer salário não bônus. Aulas criativas dependem do trabalho facilitador do professor, mas as escolas da rede pública nem sempre tem esse material. A TV escola e publicações , a revista Escola Agora,as publicações da CENP, o Bolando Aulas, as oficinas pedagógicas específicas para o alicerce do ensino fundamental, nem sempre estão a serviço do professor. As publicações fecham-se em armários e ninguém toma conhecimento.Enquanto isto fala-se na obrigatoriedade de leitura de jornal em classe. A péssima gestão de algumas escolas nos faz crer no rodízio constante. A atualização da legislação faz-se notória. Os planos de gestão apesar dos planejamentos anuais são compartilhados pelo copismo de todos os anos e homologados pelos supervisores.
Com todo esse aparato sobre as cartas, noto que somos assediados por programas de televisão com os mesmos vícios e quadros assemelhados. Graças a Deus que a infância tem baralhos, brinquedos e cantigas para dar-lhe vida e animação social. Monteiro Lobato inovou e fez-se insubstituível. Cecília tem nos seus textos o silabário e jogos gramaticais. Veja no Chico Bolacha... As estações do ano mostram-nos a importância de novas imagens e cores. Na infância a rotatividade de jogos e brincadeiras dão vida a vida e ela se torna mais colorida. Os brinquedos de 50 anos atrás traziam peças internas da China e Japão. Imagine-se jogando vídeo-game com os seus filhos ou com seus alunos. Além, usando um teclado Magic Computer, um Lip Top de conhecimentos gerais, jogando paciência, trocando figurinhas... A CENP tem a série de AMs que muito traz, além as atividades do projeto Recuperação de Ciclo...Lembro-me colecionando figurinhas das balas Atlas, Marcelino Pão e Vinho e outras... Lendo gibis fui criticado antes da LDBEN 5692.Ler gibis no pátio da escola dava diretoria e suspensão cumprida. Na escola que faz diferença, na escola dos nossos sonhos, precisamos gestores mais dinâmicos, modernos, oficineiros. Precisamos de coordenadores pedagógicos dinâmicos nos seus afazeres... Tanto que as publicações precisam chegar as mãos dos professores de forma coletiva. A TV escola deveria ser canal aberto. Os grêmios escolares deveriam ter rádio comunitária. Os velhos livros de prática escolar falam muito do fazer-fazendo. As figurinhas do YU-GI-OH são um mundo de cultura e lazer a ser explorado. São cartas que fornecem imagem e textos para o mundo da leitura. Quem não lia no passado a revista O Cruzeiro, Seleções, Eu Sei Tudo, Jornal das Moças, Fon-fon, Raio-Vermelho, Fantasma (nosso fã clube fala das 21 dinastias)... Olho num livro do PNLD de 2004 e vejo um telefone a manivela... Quando recorro ao fax-símilie, mando textos que são recebidos em papel... No meu celular digito textos e recebo mensagens de texto e voz... No micro, e-mails com anexos... Ainda possuo minha Remington 11 e meu copiador a àlcool... Sou da geração mimeógráfo. O prof. Benedito de Siqueira Abreu editou todos os seus livros à alcool...
Ainda solto pipas, ando de Fusca e...
Deixem a criançada viver com plenitude o mundo que elas têm hoje; perto do que trago do passado ao presente é pouco... Trago a história de todos os tempos no bojo das transformações pelas invenções super-modernas.
O bom professor é aquele que mais aprende quando ensina... Nas escolas. Noto que o salto alto de um posto de serviço não quer dizer que o PCP, entenda de prática pedagógica... O coordenador é um animador da prática pedagógica, não um fiscal. No entanto, no poema Escola, Paulo Freire já dizia que na escola todos eram gente. Afinal o importante é “ensinar” e “aprender”... O professor faz de seu espaço uma oficina renovável a cada dia. A mensagem bíblica do sapateiro torna-se luz nos dias atuais. Fiat-lux.


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