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Artigos-->A LITERATURA DE ENÉAS ATHANÁZIO -- 15/12/2002 - 14:22 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Enéas Athanázio é um nome conhecido e respeitado no estado de Santa Catarina e pelo Brasil, pela sua obra que chega a mais de 40 títulos, hoje, e pelos ensaios, contos, crônicas e artigos que publica em jornais, revistas e antologias pelo país afora. Não é à toa que se chega onde o Dr. Enéas chegou. Ele é, talvez, o mais importante contista do nosso Estado, sem falar que é um ensaísta investigativo e produtivo, um dos maiores estudiosos de Lobato, entre outros grandes nomes da literatura brasileira. Li, com prazer, toda a obra deste grande escritor e gostaria de poder falar de cada livro, mas abordarei apenas alguns. Acabo de ler, por exemplo, "AS ANTECIPAÇÕES DE LOBATO E OUTROS ESCRITOS". Ele nos traz, neste livro, ensaios sobre Lobato, assim como também sobre Rangel, Cendrars e outros. Como sempre, um volume de conhecimento, fruto de estudo e pesquisa, registro da história da nossas letras que vem enriquece-las ainda mais. Outros dois novos livros de Enéas Athanázio que tive o prazer de ler são "A Gripe da Barreira - Causos do Ermo", mais um volume de contos, gênero em que o autor é mestre e “O Regionalismo Passado a Limpo”. O primeiro prossegue, segundo o próprio contista, na tentativa de formar um painel dos Campos Gerais - Lages, como nunca se fez antes, registrando através da ficção o que a região tem, ou tinha, de característico ou diferente. Cada conto é como um novo capítulo do mesmo romance ambientado na região serrana de Santa Catarina. É fantástica a habilidade com que o autor conduz a sua narrativa, de maneira que o leitor consegue se situar no meio do fato acontecendo, olhando para cenários, para personagens, sentindo cheiros, ouvindo sons. Dá prazer ler os "causos" da região dos Campos Gerais, a terra do Dr. Enéas. Eu dei gargalhadas sozinho, ao ler "A Visita do Bispo". Não sei se o fato narrado aconteceu realmente, mas eu visualizei a situação e o autor fez com que eu a visse hilária, muito divertida mesmo, evidenciando quão importante é saber contar histórias. O outro é "O Regionalismo Passado a Limpo", um resumo do que o autor leu e pensou sobre o regionalismo, muito pouco conhecido, assunto sobre o qual tanto ele tem escrito e falado. "FAZER O PIAUÍ - Crônicas do Meio-Norte", 112 páginas, publicado pelas Edições Minarete, é excelente livro de crônicas do autor.

Leitor e viajante incansável, Enéas Athanázio mantém contatos com escritores de todo o país, sempre escrevendo sobre suas obras. Antes mesmo de sua primeira visita ao Piauí, já analisara livros de autores daquele Estado em artigos críticos estampados na imprensa. Essa atividade, desde então, nunca cessou, intensificando-se ainda mais após suas andanças piauienses, comentando obras de várias épocas e gêneros diversos. É essa produção que o autor reúne nesse novo livro, homenageando o Piauí, terra que aprendeu a admirar e onde tem tantos e tão fraternos amigos. Outros dois bons livros de um dos maiores representantes das letras catarinenses por este Brasil afora: "O Cavalo Inveja e a Mula Manca", coletânea de contos - histórias curtas, curiosas e gostosas, contadas com uma desenvoltura e uma simplicidade como se agente estivesse conversando e ouvindo Dr. Enéas contá-las. O estilo dinâmico, a temática centrada na vida de gente como a gente, de gente da terra da gente, confere à obra deste contista de mão cheia o sabor de autenticidade, de verossimilhança, até de cumplicidade do leitor. "A Liberdade Fica Longe" é uma novela na qual se percebe as mesmas qualidades do contista, mais a capacidade de manutenção da excelente narracão, onde o autor engendra uma pequena grande história que poderia ser verdadeira hoje, ontem ou amanhã. Com competência e graça em todos os sentidos, ele usa um vocabulário simples e rico ao mesmo tempo, integrando com maestria termos regionais interessantíssimos, que quase não ouvimos em centros urbanos. A leitura da obra deste escritor é cada vez mais prazerosa e podemos recomendá-la com a maior segurança. O PERTO E O LONGE I e II - Depois de ler o livro “O Perto e o Longe”, a primeira coisa que me ocorreu foi o quanto encaixou com perfeição o título escolhido. Eu me senti muito perto de personalidades marcantes da literatura brasileira, como Rangel, Lobato, Barreto, Montelo, Mário de Andrade e outros, alguns já tão longe no tempo, mas presentes através da sua obra.

Conheço o Dr. Enéas e sei que ele é uma daquelas pessoas que fala e diz, que olha e vê. E ele sempre surpreende a gente com um trabalho ainda melhor que o anterior. Sou fã incondicional do conto, gênero que ele domina tão bem, mas confesso que passei a apreciar também o ensaio: “O Perto e o Longe” me prendeu do começo ao fim, pela elegância, pela fluidez e pela eloqüência na narração. Aprendi muito, tomei conhecimento de fatos literários importantes, como por exemplo, o inusitado de um autor estrangeiro ter escrito uma obra espetacular sobre Canudos: “A Guerra do Fim do Mundo”, de Vargas Llosa.Tive notícias sobre o teatro de Lima Barreto, gênero que nem sabia que o escritor tinha praticado. Conheci Silvio Meira, tradutor maior, que verteu para o português “Fausto”, de Goethe – eu li a tradução, publicada pela Abril Cultural, na coleção Teatro Vivo e não atentei para o seu tradutor.Através de “O Perto e o Longe”, soube de Ascendino Leite, que soube, segundo Enéas, escrever como ninguém o gênero diário, pouco praticado entre nossos escritores.Entendi a reação explosiva e insólita de Lobato, em relação à exposição de Anita Malfatti, em 1917, que praticamente destruiu a carreira da artista. Torci para que as respostas de Rangel às cartas de Lobato viessem a ser publicadas, embora isso seja quase impossível, pois Rangel manteve a decisão de não levá-las a público, antes de morrer.

E sobre muito mais eu aprendi, com este livro estupendo, publicado pelo nosso mais sério e ativo pesquisador das coisas literárias, o Dr. Enéas Athanázio.

“O Perto e o Longe – Viagens Literárias” – é um livro – aliás dois, pois o autor tinha material, e do bom, para lançar uma continuação - que todos os apreciadores da boa literatura e os iniciantes ou não no ofício de escrever deveriam ler. “SÃO ROQUE DA VENTANIA”: este o título de outro livro do autor, a sua estréia no gênero novela – e quando dizemos novela, falamos do gênero literário, nenhuma relação com os folhetins pegajosos da televisão.Trata-se de uma novela regional, rural, típica, urbana e fantástica, como o próprio subtítulo do livro indica. Mas trata-se, sobretudo, do registro da vida no interior de Santa Catarina, feito por um escritor/observador especialista em retratar com fidelidade as coisas do campo e da gente simples e humilde, mas autêntica, do campo.

E como não poderia deixar de ser, vindo de alguém tão competente na arte de escrever, o quadro se completa com a fidelidade lingüística, com as personagens falando como realmente falam as pessoas que vivem no campo e nas pequenas cidades.

“São Roque da Ventania” é uma história de gente da terra contrastando com a gente da cidade, é a história de como o coração é mais coração na pureza dos pés no chão. E a pitada de fantástico, de como o amor pode transformar as pessoas, dá o toque de mestre na obra. A incursão de Enéas Athanázio pela novela, esse gênero literário vizinho do conto, foi muito feliz. Dá gosto ler.

Há muito mais na obra deste autor catarinense e o reconhecimento e respeito que tem da comunidade literária por todo o Brasil é mais do que justo. Há que se ler para se ter uma idéia do valor da literatura de Enéas Athanázio.











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