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Poesias-->No reino encantado da TV: Vossa Majestade, a Novela ! -- 13/01/2010 - 03:59 (MARC FORTUNA)
No jogo da vida Amor com amor se paga Sou fera ferida Amor e intrigas Sou a indomada. Pão pão, queijo queijo Sou meio bicho do mato Sassaricando o mico preto Eu dou o pulo do gato E torno-me o rei do gado. Éramos seis: Eu, as três Marias e os irmãos coragem. Na era do Dancin´Days O profeta enviou a mensagem: “Belíssima será a viagem”. Fomos ao Pantanal E dormimos na cabana do pai Tomás. Tieta — meu bem, meu mau Acorrentada a um pecado capital Me ensinou um sonho a mais. Champagne nos banhava corpo a corpo Caras e bocas numa torre de Babel Vale tudo quando o clone é o outro O véu de noiva esticando pouco a pouco Bebê a bordo em barriga de aluguel. Não ficou pedra sobre pedra Pois Aritana, o dono do mundo De corpo e alma quebrou a regra A pátria minha virou América A terra nostra em um segundo. Xica da Silva, meu bem querer Baila comigo salsa e merengue Sete pecados de meu renascer Envolta em tuas plumas e paetês Saramambaia tropicaliente. Olho por olho nesta ciranda de pedra A sucessora dando o sinal de alerta O direito de nascer Numa lada de marrom glacê Páginas da vida que nunca foram abertas. Senhora do destino e suas duas vidas A padroeira alma gêmea de minhas páginas não lidas Cabocla sinhá moça, meu anjo mau Sétimo sentido de minha fera radical Suave veneno de outras noites esquecidas. Vidas opostas, mas com esplendor Pecado rasgado de uma história de amor Chamas da vida queimadas Caminhos de vidas cruzadas Deus nos acuda, por favor. O mapa da mina em quatro por quatro Forrava o fundo da cama de gato Marcando o ponto onde os ossos do barão Sumidos da kananga do Japão Foram lançados entre cobras e lagartos. E o salvador da pátria, meu pai herói Diz que a água viva não mata, mas dói Diz que nessa selva de pedra o sol de verão Arde os caminhos do coração E que o poder paralelo corrói. Uma estrela de fogo trouxe a revelação Louco amor explode coração Desejos de mulher da cor do pecado A moreninha de coração alado Direito de amar sem explicação. O espantalho de quina pra lua Perigosas peruas no meio da rua A gata comeu os mutantes Escrava Isaura, top model vamp E a rainha da sucata me aparece nua. Que rei sou eu? Se o estúpido cupido roubou o sonho meu E até meu pé de laranja lima Plantado em Mandacaru, no topo da colina A roda de fogo comeu. Um anjo caiu do céu Ao receber o beijo do vampiro Uma prova de amor escrita em papel Na guerra dos sexos, todo mundo é réu E o sexo dos anjos aqui descritos São feitos de chocolate com pimenta e mel. Elas por elas fazem muito ti ti ti Transas e caretas numa moda brega e chique Mulheres apaixonadas com seus brilhos e apliques Três irmãs de pé na jaca quase tendo um chilique Só pra ver Roque Santeiro se despir. O bem amado tem duas caras E vai a caminho das Índias Fechar um negócio da China. Um cambalacho ele prepara E a favorita ainda Será a próxima vítima. Eu prometo devolver a sua vida roubada E dar um final feliz às nossas vidas marcadas Levar-te a uma vereda tropical Ser o astro de teu paraíso natal Chega mais, venha ser minha amada. Espelho meu, espelho mágico O fim do mundo será trágico? Vou fazer minha mandala em Porto dos Milagres Criar laços de família e renovar minha saudade Pois começar de novo não é prático. Era uma vez uma celebridade beleza pura Que vivia em um paraíso tropical Jogava cara e coroa e bambolê no meio da rua Filiou-se ao Partido Alto Nacional E elegeu-se em Tocaia Grande, na prefeitura. © Marc Fortuna (Lord Fortuna of Lancaster), 11/01/2010 --------------------------------------------- — Este poema escrito por Marc Fortuna (Lord Fortuna of Lancaster) é uma homenagem à teledramartugia brasileira e contem no corpo do texto, o título de 155 telenovelas brasileira exibida por diversas redes de TV.