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Cronicas-->O Papa pegrino -- 12/10/2005 - 15:05 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O PAPA PEREGRINO
Leon Frejda Szklarowsky
(Publicada na Revista Jurídica Consulex 198, de 15 de abril de 2005, no Escriba, do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, edição 102, de fevereiro a abril de 2005)
O Papa João Paulo II, apesar da agonia e do sofrimento, decretou, nas suas poucas e últimas palavras, que desejava passar os últimos momentos nos aposentos papais, no Vaticano, onde esteve por quase toda sua vida. Lúcido ainda, não admitira ser levado para o hospital, conquanto lá houvesse mais e melhores recursos. Seu lugar era em sua casa, até que lhe restasse o último suspiro de vida. E assim se cumpriu sua vontade.
O Santo Padre, o Papa peregrino, no seu longo pontificado, de 1978 a 2005, visitou todos os cantões de nosso pobre planeta, pregando a harmonia, a paz e a solidariedade entre os povos, não importava qual fosse seu credo, sua religião, sua opinião ou ideologia, pois todos os seres humanos são filhos de um só pai, uma só mãe, reafirmando o pensamento universal e eterno da comunhão entre o Deus Único e o ser humano.
Os católicos e os cristãos do mundo todo, os judeus, os muçulmanos, os palestinos e os israelenses, povos de todos os rincões, com ou sem religião, reuniram-se, em uníssono, implorando ao Altíssimo por sua saúde, depauperada. A vida sofrida, por um fio, tênue, mas sua alma, firme como uma rocha, e sua vontade indómita não o deixavam abater-se, porque se preparara para atravessar o estreito túnel que une esta vida transitória e a outra vida perene.
Sofria calado e resignado, porque, com certeza, o caminho do desconhecido, esta ponte, entre a vida terrena e a vida celeste, é o início de uma caminhada para a eternidade, já que a vida e a morte são ciclos contínuos. A vida é o prelúdio da morte, que, certamente, não é o fim. A vida, o antecedente necessário de um mundo melhor, o caminho de comunicação entre o homem e o desconhecido. A vida, o caminho da purificação, se bem vivida, não perece jamais, não desaparece. Apenas se transforma. Apenas se movimenta.
Na vida e na morte, no sofrimento e na alegria, conseguiu reunir, em torno de si, multidões imbuídas de um só pensamento: a paz e a vida harmoniosa.
Karol Wojtyla suportou, com estoicismo, a provação. Nenhum ser humano vive sem dela experimentar e, apesar do sofrimento, não renunciou ao papado, para não ficar na história como Celestino V, que abdicou após apenas 5 meses de sua eleição. Afinal, o sofrimento solicita do homem todas as energias que o fazem ultrapassar o limite da condição humana e projetam a demonstração cabal do que ele é capaz.
Todos choram a morte do Pontífice que marcou sua presença com feitos imorredoiros. Jamais receou tomar posições difíceis e perigosas. Foi o primeiro chefe do Vaticano a visitar uma sinagoga e a pedir perdão aos judeus. Lutou tenazmente pelo ecumenismo e pelo diálogo inter-religioso. Não obstante, sua decepção também foi grande, por não haver conseguido a comunhão entre católicos e ortodoxos, apesar da proximidade entre eles, salvo com relação à autoridade do Papa.
BSB (DF) 2/4/2005 22:28: 47
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