Usina de Letras
Usina de Letras
162 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13569)

Frases (50607)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6186)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Rua do Ouvidor -- 09/10/2005 - 20:43 (Francisco José Pessoa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Rua do Ouvidor

Transeuntes, tais formigas operárias nos seus ir e vir, com os olhos abaixados para o chão presente e o pensamento elevado para o céu futuro, chocam-se de quando em vez como num cumprimento forçado de quem navega numa artéria tão nervosa como és.
Vitrine natural de uma sociedade, temperas no teu leito o vistoso executivo engravatado, com o gasguito cameló que não poupa cordas vocais, para mostrar seus produtos de preços mais baixos, cujas vendas são o sustento seu e da família.
Via testemunha do viver cotidiano do nosso citadino, se algum dia fosses fechada, morreria um caminho vivo da nossa população andante, pois, és canal de comunicação de quem vai e de quem vem à procura da sobrevivência.
Verdadeira ponte entre o trabalhar e o ficar em casa, portas mil te fazem fronteira natural, dando acesso às lojas de variedades múltiplas que te enfeitam ou enfeiam, com suas fachadas caleidoscópicas.
Nasces numa praça, morres em outra, ó logradouro alegre, aonde conversas são perdidas e os sonhos de uma melhoria de vida são comentados, enquanto não sai o resultado do jogo do bicho.
Artéria ebulitiva da minha cidade, raia por onde correm homens a buscar o incerto, rica em cenários inesquecíveis como o observador ansioso da esquina da praça, que espera passar o vento amigo rodeando saias de moçoilas distraídas.
Nobre rua pobre és fonte de vida para uns, passatempo para outros, albergando o homem que trabalha aos gritos, o aposentado que observa e sussurra, o descuidista pronto para dar o golpe, fazendo-te viva, ó imponente meretriz alameda da minha cidade.
Pessoa 1998



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui