O caso do ex- juiz assassino da esposa Marlene Aparecida de Moraes, em 1997, na Rodovia SP-123,no nordeste do Estado, entre Taubaté e Campos do Jordão,Marco Antônio Tavares, lembra o rumoroso caso do desaparecimento, no Rio, na década de sessenta, da tcheca Dana de Teffé, que ficou conhecido como "O crime sem cadáver", pois, o acusado, advogado Leopoldo Heitor, conseguiu dar sumiço no corpo, se apossando dos bens da vítima, inclusive um apartamento em Copacabana.
Foi julgado, condenado. Recorreu, o caso foi reaberto, andou foragido...Por fim, morreu e está prestando contas na Eternidade.
Já as provas contra o ex-juiz, saltam à vista: a compra das luvas, cujo envólucro foi encontrado no local do crime; as impressões digitais rapadas; o testemunho do dentista quanto à arcada dentária da morta; o testemunho das amigas; a certeza da mãe de que ela não ficaria sem dar notícias; a lógica da irmã Marli de Moraes, pelo fato do acusado afirmar que o corpo encontrado não é da esposa...(ele apagou as impressões digitais!)
O agora condenado ex-juiz , queria porque queria repetir "um crime sem cadáver", mas, apesar de mais experiente, não teve a periculosidade do, então, chamado "advogado do diabo", Leopoldo Heitor, que escondeu, diabolicamente, o corpo da "gringa", sem ter precisado destruir impressões digitais!
Os 25 dezembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, estão de parabens por ter condenado a 13 anos e 6 meses esse frio assassino: é um exemplo para que diminua a impunidade neste País. |