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Humor-->O tiro saindo pela culatra -- 01/06/2004 - 10:00 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O TIRO SAINDO PELA CULATRA
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


Apontar e atirar. Fogo na Câmara e no Senado. Estatuto do Desarmamento. Verdadeiro fogo cruzado. O tiroteio semântico. No meio a população. Interesses de lado a lado. A começar pelos fabricantes. Comerciantes do tiro ao alvo. Todos querem acertar no alvo. E todos têm a sua mosca preferida. Apertem o gatilho do consumo. A verdade em dólar e em real. Sem papas na língua. O combate à violência é virtual. Desarmar a população, deveria ser crime. Mais que ilegal. Crime eleitoral. Não se combate o bem com o mal. A menos que o desarmamento fosse geral.

A começar pela bandidagem. Que não precisa de referendo para matar. Nem de porte de arma. Ainda mais quando a arma não é de intimidar. Trinta e dois ou trinta e oito, tanto faz. O crime está organizado e informatizado. E muito bem preparado. AR 15 e outras armas do tipo. Não há quem resista à tecnologia de ponta. Na ponta do morro ou na ponta do lápis. Quem manda é o dinheiro. Dinheiro sujo e bem lavado. O morro está todo tomado. Pessoas honestas e trabalhadoras. Junto com traficantes de metralhadoras. Ausência do Estado. Muito tempo parado. Povo iludido é povo enganado.

O referendo popular não faz sentido. Não resolverá o problema da segurança. Que tem suas origens em outra vizinhança. Desarmar os traficantes. Esvaziar a sua pança. Prender corruptos errantes. Eis a questão a ser perfurada. Com as balas do bom senso.

A consulta popular está errada. Tem cheiro de festim. Bala de brincadeira. Pólvora do nada. Empurra-se a questão com a barriga. Tirando o alvo da reta. Dando-lhes ares de legalidade. Diagnóstico de mentirinha. Remédio que não tem remédio. Coisas de criança: historinha.

Precisamos pensar grande. Planejar a longo prazo. De forma contínua e abrangente. É isso aí, minha gente! A começar pelo começo. Fazer como a Argentina. Questionar a dívida com o Fundo. De homem pra homem. Sem bravata. De paletó e gravata. Conseguir prazos maiores. Descontos e benefícios. Afinal, somos bons pagadores. Isto aqui não é a ilha dos horrores.

Vamos desarmar a ciranda financeira. Chega de viver de ilusão passageira. Já vimos em passado recente. Com o tamanho dessa dívida, não há quem agüente. Brasil para trás, eternamente. Sem futuro e sem presente. Sem crescimento real. Sem emprego e sem saúde. Pra que serve o governo, afinal?

Até parece brincadeira. No primeiro mandato, pede paciência. E prepara-se para a nova eleição. No segundo, nada feito. Há déficit na Previdência. E mais e mais eleição. Dessa vez seria diferente. Eleito um representante do povão. Mas o tiro, novamente, saiu pela culatra. Cada vez mais ao povo se maltrata. Nada de programas. Nada de planejamento. Tudo improvisado. Quando não é copiado. De ‘Fernando em Fernando”. O Brasil vai definhando. À conta do aposentado. Ou do vovô de noventa. Que, ao que tudo indica. Pela lógica do ministro. Já devia estar morto. Por isso a opção usada. Tirar o velho do conforto. Para ver se sua alma. Ou o seu procurador. Não se trata de miragem. Miragem de um fraudador. E por falar em fraude. A lembrança, a saudade. Não vai demorar muito tempo. E a consulta será feita. Vamos tomar todas as armas. Proibir a sua venda. Mãos aos alto, é um assalto! O ladrão não viu a lei. Quem paga é o cidadão. A quadrilha é atrevida. Vai tirar a sua vida. Sem porte de arma na mão. Ninguém é de ninguém. Mas para o parlamentar. A consulta popular. É o melhor que lhe convém. Só não perguntam ao povo. Se a eleição fosse hoje. Em quem ele vota de novo.

Do livro desse autor "Fragmentos do Cotidiano".





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