VÊNUS
Ninfa dos amores,
curvo-me ao teu corpo orvalhado
onde meus lábios se lambuzam,
sugando-te o favo do pecado.
Minhas mãos passeiam,
é brisa... É vantania
percorrendo teus pelos
e entranhas como gotículas
inocentes dos meus desejos.
Beijarei os teus róseos mamilos,
enquanto dedilho meus acordes,
onde florescem as tuas penugem
em cor tênue de cobre polido.
Ó flor! Descerei ao teu tronco,
desabrochando as pétalas.
Delas, inalarei o perfume,
sorvendo da alquimia frenética,
toda a seiva do teu néctar...
Gazela! Tu, apenas tu,
carne de cristal, úmida de gozos.
Sob as luas que sonhastes,
enloquecida nos meus beijos covardes,
a noite borbulha os teus ardentes gritos,
não me mates, não me mates...
Nhca
fev/01
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