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Cronicas-->Dificuldades Amorosas -- 28/09/2005 - 20:06 (Gisela Scheinpflug) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não vou escrever exatamente sobre as dificuldades amorosas, e sim sobre as atitudes das mulheres, frente às dificuldades amorosas. Não acredito que sejam idéias que se apliquem aos homens, mas é muito provável que escrever isto aguçará a curiosidade masculina de tal forma, que o público masculino se fará presente nesta leitura também.

Entre as mulheres mais jovens, algumas idéias e conceitos já se alteraram. Mas mesmo entre elas, e certamente entre a grande maioria das mulheres que passaram dos 25 anos, existe um sentimento de perda de identidade muito grande, quando ficam sós. É estranho afirmar isto, porque uma "identidade" supostamente seria individual. Mas parece existir uma doação excessiva das mulheres aos seus relacionamentos, e uma consequente anulação da sua própria personalidade. Acredito que isto acontece porque, no fundo, ainda somos criadas para casar, ter filhos, e constituir família.

Em alguns países continua acontecendo alguma rebelião entre as mulheres. Como se estivéssemos revivendo o tempo do soutien queimado na praça. Em uma revista Veja um pouco antiga, que estava descansando no final da pilha de revistas do banheiro de alguma casa na qual estive, encontrei uma reportagem sobre as mudanças que estão acontecendo no comportamento feminino no Japão. Acontece que 54% das mulheres japonesas que estão chegando aos 30 anos não tem plano algum de casamento. E o estudo concluiu que este fato estava acontecendo porque as mulheres se deram conta que, solteiras, podem se dedicar somente ao que lhes dá prazer.

Em algum lugar do passado lembro de ter lido outra reportagem sobre as mulheres americanas. Muitas delas fizeram esta opção, há muito mais tempo que as japonesas. A reportagem era sobre as mulheres executivas, bem sucedidas e por volta dos 50 anos, que optaram por não ter filhos para dedicarem-se às suas carreiras profissionais. Dizia a reportagem que havia um quadro generalizado de depressão e arrependimento nessas mulheres, um grande vazio em suas vidas, uma vontade imensa de fazer o tempo voltar atrás.

Talvez haja algumas diferenças, nem tão sutis assim, ao compararmos as japonesas e as americanas. Não recordo de ter lido que as japonesas estariam se dedicando mais às suas vidas profissionais. Pelo que percebi elas querem, sim, é mais liberdade para curtir a vida. Ao optar em não ter filhos por questões meramente profissionais, me parece óbvio um futuro arrependimento. Além disto, imagine você, do alto dos seus cinquenta anos, sem filhos, executiva bem sucedida, diretora de uma empresa onde o presidente passa o tempo inteiro no seu pé querendo tudo, a todo o momento, e tem que ser agora. Ele inclusive já está mal acostumado, já que você não tem filhos com os quais se preocupar. E Que diferença isto teria, comparada à vida doméstica? Se você chegar ao final da sua carreira desta forma, sinto muito em lhe informar, mas você realizou uma troca muito mal negociada, você optou pelo pior "senhorio" ao qual servir. E nem sequer teve o prazer de ter filhos.

Creio que essas mudanças de atitude por parte das mulheres, que vem acontecendo ao redor do mundo, em cada país a seu tempo, certamente acabarão por mudar o comportamento masculino, em um esforço maior em alcançar prazer na vida à dois. Mas... será mesmo? Não seria insanidade minha apostar que os homens japoneses, em breve, começarão a importar mulheres de outros países que ainda não estejam contaminados pelo vírus da liberdade de escolha. Isto se já não estão importando. E quando acabar todas as fontes possíveis de mulheres "casamentandas", será a hora de, nos países ditos "mais avançados", aqueles países menos conservadores, o ciclo se fechar, e muitas mulheres acabarão por desejar novamente algumas das coisas mais simples da vida, como um bom lar, recheado de filhos e um marido carinhoso.

Voltando às mulheres solteiras, por vezes percebo nelas um sentimento enorme de insegurança em relação a si mesmas. Quando a mulher está sozinha e não tem nenhum homem a seus pés, implorando pelo seu amor, surge uma forte tendência em imaginar que exista algum problema consigo própria. Ela pensa que não é atrativa o suficiente, que envelheceu, e começa até mesmo a manifestar sentimentos de raiva pelos homens, porque se sente desprezada. Esta raiva causa um amargor tal, que transpira por entre os poros, exalando um cheiro que o homem percebe de longe, um misto de amargura, raiva e desespero. E é justamente por este motivo que os homens fogem como loucos.

Estas mesmas mulheres costumam ter um padrão altíssimo de seleção. Deixo claro que manifesto total apoio a esta atitude, de selecionar bem a pessoa com a qual você se relaciona. Mas é preciso também que a mulher apresente requisitos que atendam, pelo menos, ao mesmo nível apresentado pela concorrência, que vamos combinar, não é pouca.

Traçando um paralelo com o marketing, é necessário que saibam muito bem, como consumidoras, o que desejam em relação ao tão almejado "produto", para então saber onde encontrá-lo no mercado. Sob o aspecto oposto, se imaginar o produto como sendo as próprias mulheres, é preciso saber o que agrada ao público-alvo, e trabalhar para que as qualidades femininas de cada produto específico sejam manifestadas, e os defeitos do produto sejam amenizados, na percepção do consumidor.

Se a concorrência for grande e o público-alvo não estiver investindo no produto, então será preciso repensar o business. Existem basicamente duas possibilidades para salvar o seu negócio: é possível investir mais no produto, tornando-o mais interessante ao público-alvo, ou então redirecionar o produto para um público-alvo naturalmente mais interessado. São as únicas escolhas que poderão garantir a sobrevivência do negócio.

Treinar as habilidades, apresentando o produto ao mercado, também é muito importante, mesmo se o produto não estiver totalmente pronto. Mesmo que ainda não atinja o público alvo ideal. Objetivamente: ficar chorando em casa, enquanto o tempo passa, a deixará fora de forma e cada vez mais longe do almejado sucesso.

Existe ainda um outro perfil de mulher: a que fica sozinha somente quando quer. Quando a mulher opta por este momento, praticamente nada muda em sua vida, porque esta mulher tem, sim, a sua própria identidade. Mulheres deste tipo administram suas vidas harmoniosamente, e que incluem os seus próprios prazeres. Programas com elas mesmas, com amigos, com a família, e um Pinto Amigo, carinhosamente apelidado de P.A., que seja esporádico e fiel. E atenção: este tipo de mulher não costuma ficar sozinha por muito tempo. Não é mais bonita do que as outras, nem mais inteligente. Não possui talentos especiais. Mas tem uma visão menos romàntica dos relacionamentos. Sabe o que deseja, mas também repensa e reajusta seus desejos à medida que o tempo avança, enxergando sempre os resultados positivos das suas decisões.

Mulheres com este perfil gastam menos tempo no salão de beleza, e mais tempo lendo, indo ao cinema, fazendo cursos de fotografia e teatro, caminhando nos parques, frequentando academias, e cuidando da sua carreira profissional. Elas têm prazer em aproveitar a vida, e obviamente as chances de encontrar uma pessoa legal e com boas afinidades aumenta quando elas frequentam ambientes tão diversos. E quando elas conversam com os homens, é como se estivessem conversando com outras mulheres. Sentem-se à vontade. Não precisam fazer caras e bocas, porque simplesmente não estão interessadas em despender o seu precioso tempo preocupando-se com relacionamentos amorosos. E, incrivelmente, é esta atitude, leve e descompromissada, que as tornam interessantes sob o ponto de vista masculino.

Outra questão importante é a mulher saber exatamente o que deseja para si mesma, e, após adquirir esta consciência, agir da forma adequada para cada situação. Por exemplo, se conhece um cara gostoso mas que não tem qualidades suficientes para um relacionamento, é bom deixar claro no primeiro beijo. E não adianta nada mudar de idéia e começar a namorar o cara, quando ele insistir.

Então, resumidamente, seguem algumas dicas de felicidade, que os livros de auto-ajuda insistem, e eu dou maior apoio: ter claro o que deseja, analisar o que precisa para alcançar o sucesso, e trabalhar arduamente nestes dois itens. Ou então reavaliar os seus desejos. Fazer só o que gosta, estando ou não com um homem ao seu lado. Curtir a vida, ser você mesma, ser espontànea. E daqui a pouco você vai pensar que a vida de solteira é tão boa, que dará razão ao desejo eterno de ser solteira, que acompanha as japonesas. E é exatamente a partir deste momento, tenho certeza, que você precisará administrar um problema até então impossível de imaginar: dispensar o número excessivo de homens que estarão interessados em você.
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