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Contos-->DIARIO DE BORDO:CAPIV -- 08/01/2009 - 11:33 (Mirian de Sales Oliveira da Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Dormi muito bem e um quente raio de sol veio me dar os bons-dias. Da escotilha na cabina, até onde a vista pode alcançar, só vejo mar; um belo, tranqüilo e brilhante mar azul Yemanjá mostrando sua bela face de paz, Não sei ainda qual é a nossa posição; penso que estamos perto do Recife, mas, passaremos ao largo,

Tomei minha primeira refeição á bordo, na cabina; frutas tropicais, água mineral filipina e chá quente que o capitão me trouxe pessoalmente ,juntamente com uma caixa de bombons. Já estou mais acostumada com o balanço. Distraio-me vendo filmes e folheando antigas revistas holandesas que o hóspede anterior deixou aqui.

TARDE;

O dia estava lindo; mar azul e céu de almirante; Fiquei algum tempo na ponte, conversando com os oficiais; aprendi a calcular a distancia até o próximo porto diante de uma carta de navegação; á esteira do navio a espuma formava lindos desenhos, como a cauda de um vestido de noiva cheia de rendas valencianas, Final da tarde ,ceamos e depois fui passear no parque de containeres,carregados das mais diversas mercadorias rumo aos portos do Mediterraneo. Havia siglas e escritos incompreensíveis para mim, Tara, CU CAP etc., Começo a me familiarizar com a tripulação; o faxineiro não deixa de me saudar com um gostoso ”Hello” quando nos encontramos, nos meus incansáveis passeios pelo navio.
Às 16.30 passamos ao largo de Recife, que vi graças aos potentes binóculos de bordo.
Amanhã lá pelas 11hs. estaremos bem perto de Fernando de Noronha; vai dar para ver e fotografar a ilha. Os pássaros de lá já vieram visitar o navio e as plantas do Comandante espalhadas por todo canto; até um abacateiro ele tem.

O comandante adora plantas, comida natural e chá; como se toma chá mate neste navio!Até quando a gente desce as escadas, passando próximo ao alojamento da tripulação, o aroma do chá entra por nossas narinas, envolvendo tudo.
Amanhã, por volta das 11hs, estaremos bem perto de Noronha. Vai dar para ver a Ilha;
Aproxima-se outra noite; céu límpido. Arasaremos os relógios em uma hora; serão 5hs a adiantar até Barcelona. Com a noite chega a saudade; vem devagarzinho se instalando, como quem não quer nada; sinto falta de Raul, imagino como ele gostaria de chegar do trabalho e encontrar conforto nos meus braços...
Assisti “Free Willy no vídeo; agora é dormir na expectativa de Noronha. Os chefões, em Santos, mandaram diminuir, por economia, a velocidade do navio, vamos atrasar.
Quem chegou para o jantar foi uma deliciosa carne assada, corada, gostosa, caprichada; ponto para o cook; mas não faltou a eterna sopa de peixe, incolor e inodora, e o chá de mate de sempre; René me oferece uma salada de pepino; diz que é para ficar mais sexy. Nunca soube desta propriedade do pepino; só se for a Manilla.
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