Usina de Letras
Usina de Letras
155 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140797)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->GUIMARÃES FALA SOBRE ANTOLOGIA DA USINA -- 29/10/2003 - 17:25 (Winner) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
GUIMARÃES FALA SOBRE ANTOLOGIA DE USINEIROS

O editor José Guimarães Machado concede entrevista à hpFAZ sobre a ANTOLOGIA DE AUTORES DA USINA DE LETRAS. Para perguntar, solicitei a colaboração das colegas Milene Arder e Adriana Luz Ruella, pessoas exemplares e privilegiadas cultural e intelectualmente. Resultou numa entrevista coletiva de leitura saborosa. Guimarães esbanja criatividade, inteligência e sabedoria ao falar sobre esse projeto revolucionário na história da Usina de Letras. Para isso, claro, conta com a participação do administrador do site, Waldomiro Guimarães Júnior, além da Editora Papel Virtual, responsável pela impressão dos rebentos de Adriana Luz Ruella, Domingos Oliveira Medeiros, Geraldo Lyra, Leinecy Dorneles Pereira, Luiz Mozzambani Neto (Lumonê), Milene Arder, Maria do Socorro Xavier, Patrícia Köhler, Rodolfo Araújo, Vinícius Guimarães Machado e Clésio Boeira da Silva (ao formular as perguntas, não contava mais com minha inclusão, pois estou atrasado com relação ao envio dos textos).

CLÉSIO - Qual a importância de editar uma Antologia de assinantes da Usina de Letras?

GUIMARÃES - Para mim, pessoalmente, é uma realização especial... Seja como editor, ao poder reunir amigos virtuais através de seus textos, o que, de fato, torna a situação real... Seja como escritor, aí já podendo ter o prazer de estar ao lado de algumas das feras da Usina.
Mas, agora que a Antologia toma, em seu caminho, a reta final, percebo que a importância vai muito além do que havia imaginado inicialmente. Reunindo os novos amigos, até então virtuais... e que, pelo menos para mim como editor, se tornarão reais, mesmo que se tenha que esperar os lançamentos regionais... e indo além, materializando as parcerias com a Usina de Letras e com a Papel & Virtual.
Acredito, também, ser de grande importância para cada um dos participantes, mesmo aqueles que, como Domingos e Clésio, já tem livros publicados... E a grande importância que, imagino, para aqueles que publicam um livro impresso pela primeira vez... Trata-se de uma importância, digamos... realmente importante.

CLÉSIO - Quem participa e o que vamos ler nessa primeira edição?

GUIMARÃES - A idéia, nesta Primeira Antologia reunindo escritores da Usina de Letras, foi a de prestigiar os assinantes. Evidentemente, não haveria como reunir todos os assinantes, que pelas minhas contas já chegam a mais de 200. Fiquei com o número 10... na realidade serão 11, com a minha intromissão como escritor... Os escritores convidados, são os seguintes, pela ordem que me vêm os nomes à cabeça: Lyra, Milene, Domingos, Clésio, Adriana, Patrícia, Luiz, Rodolfo, Socorro, Leinecy e, obviamente, Vinícius...
Casualmente, se tomássemos como referência o Placar de Assinantes da Usina de Letras deste mês de outubro... Bom, basta ir lá e conferir!
O critério de escolha, para mim, foi simples: escolhi cinco dos que me eram “virtualmente mais íntimos” e pedi que cada um deles indicasse mais um... A adesão foi muito mais rápida do que eu poderia imaginar, com destaque para o Lyrýssymo Geraldo Lyra: no dia seguinte respondeu ao convite, dois dias depois indicava a Socorro e uma semana depois já enviava todo o material...
Quanto ao conteúdo, resolvemos que ficaríamos com Prosa & Verso, com indicação de textos pelos próprios autores tendo eu, como Editor, o privilégio de escolher, nas publicações da Usina, mais um texto de cada autor... É uma pena que, nesta Antologia, não se possa contar com as virtudes artísticas de nosso designer Lumonê, que por enquanto, fica só nas letras...

ADRIANA - Guima, como qualquer tipo de projeto, imagino que este tenha tido algum "senão"... Houve realmente? E qual ou quais seriam?

GUIMARÃES - Uái, sô! É entrevista coletiva? Só agora percebo... Pois bem, Drica... Todo Projeto tem os seus senões... Surpreendi-me, entretanto, que a Antologia tenha tido tão poucos senões... Na realidade, houve apenas um senão... e tão insigno-ficante, que já nem lembro mais de onde veio... E você, particularmente, foi um dos “se-sins”, pois, como você é mesmo muito tímida, eu não poderia tê-la encontrado sem a preciosa ajuda de Milazul*... Ainda bem que temos bons amigos, não? Pois bem...

ADRIANA - Guima, você me disse que já fez, anteriormente, em Minas, um outro lançamento parecido com esse. Você obteve o êxito que esperava com esse lançamento? Financeiramente falando mesmo... E quanto à nossa Antologia, o que o levou a lançar este projeto? O que espera daqui em diante?

GUIMARÃES - Sim, Dricazul*... Entre vários lançamentos, teve um igualzinho... ou quase. Foi uma Antologia de escritores da cidade mineira de Conceição do Rio Verde, pertencente ao Circuito das Águas do Sul de Minas. Na época, havia promessa de um patrocínio da Prefeitura local... Mas, sacumé, né? Acabei por bancar todo o projeto... Eram cerca de 15 escritores. Todos ficaram felizes e houve um lançamento conjunto na Casa de Cultura local... Vendeu horrores, pois o lançamento foi inserido no contexto das festas comemorativas da cidade... Em uma edição de 1.000 exemplares, poucos sobraram... Como as vendas cobriram todos os custos, resolvemos doar, os exemplares remanescentes para a Santa Casa, que os venderia e utilizaria os recursos em suas já conhecidas obras de filantropia... Pois bem... Recentemente, procurei obter um exemplar para a minha coleção particular... Não consegui achar um à venda, até hoje...
O que me levou a lançar este projeto? Em primeiro lugar, pela Paixão que tenho por editar... Por isto, minha editora se chama Oficina de Livros... Prestigiar novos autores... E é evidente que tenho a expectativa de revelar um grande escritor e de que minha Oficina se torne uma Indústria de Livros... Sonho? Mas, quem não sonha, Drica? E quem faz algo sem, antes, ter sonhado?
Daqui para frente? Virão outras Antologias... A próxima seria de Cordéis, como comentei com Socorro... Ela havia sugerido a inclusão do conhecido cordelista da Usina, o grande José de Souza Dantas... Expliquei a ela que gostaria de contar com o Dantas na próxima, razão para não incluí-lo agora.
E virão outras Antologias, a médio e longo prazos... como já disse, pretendo até lançar a Antologia dos Chatos da Usina... Evidentemente, nesta, a adesão será voluntária e, ainda mais evidentemente, cada chato terá que bancar seus custos antológicos...

ADRIANA - Bem, Guima, eu me sinto imensamente lisonjeada em fazer parte desta primeira Antologia. E me sinto mais lisonjeada ainda, quando percebo que você está levando a sério todo o nosso trabalho, inclusive o WEBICISMO,que é um movimento que começou com uma brincadeira mas que tomou uma força incrível... Você, que é nosso VIP, acredita realmente que, um dia, seremos reconhecidos por isso? E, na verdade o que é ser WEBICISTA pra você?

GUIMARÃES - Lisonjeada? Por que? Só com aquela foto, lendo o livro do Domingos, você vai vender horrores!!! Quanto ao Webicismo... Pois bem...(ririri) Não sei se me engano... Mas creio que a Semana de Arte Moderna, que revelou tantos escritores e artistas brasileiros que hoje conhecemos, deve ter começado assim... Do acaso... Se estaria me comparando com Oswald de Andrade? Claro que não, pois nossos estilos são totalmente diferentes... Mas, de fato, estou levando a sério o Webcismo... E por que não? Claro que o Webicismo irá em frente e será reconhecido... Para mim o Webcisimo tem tudo para fazer sucesso, por que é simples, franco e objetivo... Aliás, são estas as três qualidades que me orgulho de ter... Pois o Webcismo reúne criatividade, sutileza e necessidades, criando novas palavras com sentido de percepção imediata... E, se alguém não gosta, que chame a Webe... ou linke-se... E a Muluquinazul* hein? Sumiu. Devem ser as provas de final de ano... E a Patrícia, também sumida, talvez pela tristeza de ter ido Bono, desta, para uma melhor...

ADRIANA - Bem, no mais, eu só queria lhe parabenizar pela iniciativa e agradecer a você e à Milene por eu ser uma das participantes desta Antologia... Gostaria, ainda de lhe dizer que, por ser AZUL, ouvir e acreditar em estrelas, luas, sóis e fadas, tenho certeza de que o seu (nosso) projeto dará certo! E dizer também aos nossos webicistas antólogos que, se o UNIVERSO permitir, um dia nos encontraremos... E, todos juntos, faremos uma mesma festa, azul, azul...

GUIMARÃES - Bem, Adriana... de todas essas criações que vem surgindo na Usina, esta é a única que reivindico ser de minha exclusiva autoria: o “ser azul*”... É que eu sou Azul* há muito tempo... e já tenho uma certa facilidade para identificar meus semelhantes... E aí é só avisar a este alguém: você é azul*... e então este alguém percebe, imediatamente, o que é “ser azul*”... Entretanto, como mortais que somos, nós, azuis*, também nos enganamos... Pois há vezes em que dizemos a alguém: “você é azul*”... E ele nos reponde: “Que isto, cara? Sou um q.u.e.t.a.l.”...
Se acredito que as estrelas falam? Claro... e até as ouço... Alguém uma vez perguntou-me se eu acreditava em Deus... Respondi: Claro... não só acredito como falo com Ele todo santo dia! Evidentemente, não iria ter a pretensão de que Ele, com tanto a fazer neste mundinho, perdesse tempo em ficar-me respondendo à toda hora... Mas, de vez em quando, até que responde... Esta resposta, mesmo, dos Antas à Antologia: não teria sido uma resposta D’Ele?

MILENE - Sabe, Guima, se não fosse tarde, eu até daria uma sugestão sobre o título dessa "Nossa Antologia": O GRUPELHO AZUL... EM TODOS OS ESTILOS... não seria uma idéia chamativa? Fala a verdade!

GUIMARÃES - Êpa!!! Depois de Dricazul*, Milazul*? Eu hein, Rosa? Taí, Mila... É uma boa sugestão... Seria uma questão de consultar os demais, já que falta mesmo um nome para a Antologia... mesmo por que uma consulta, parece-me, teria uma resposta bem azul, desde que todos os participantes, mesmo que alguns ainda não declaradamente, são azuis*... Na verdade, gostei muito da foto do colibri que visita seu jardim... Talvez fosse uma boa foto para a capa da Antologia...

MILENE - Sei que por trás da edição desta Antologia reside um idealismo puro, de alguém que se diz "anarquista", mas, mais do que isso, é um ser "altruísta". Por se saber que o retorno talvez não seja compensador, num país, onde a leitura não é prioridade, infelizmente... Na realidade, querido Guima, há algum sonho por trás de tal evento. Será a imortalidade? Se for, eu, como participante, agradeço por pegar uma carona nesse teu sonho.

GUIMARÃES - Sobre Anarquia, Milazul*, eu sei muito bem que, no Séc. XXI, éla é utópica... Dos Anarquistas, propriamente, guardo apenas o espírito anárquico e o romantismo... Nunca serei fanático com Proudhon, nem revolucionário como Bakunin...
Não diria que o que está atrás da Antologia seja simplesmente idealismo... Diria que é uma Paixão, como já o disse à Drica, pelo telefone...(ouvi dizer que tenho voz rouca ao telefone, é verdade?) Altruísta, Mila? Será que ainda existe tal animal neste nosso Século XXI? O sonho da imortalidade, se isto se refere à ABL, não me seduz... Mas, não modestamente, gostaria de ser imortal em letras, como o é Victor Hugo... Seria pretensão demais? Kikiki... Quanto à carona... Quem seria mesmo que estaria dando carona a quem, com todas essas feras da Usina de Letras reunidas em um só livro? Volto a questionar: Eu, hein Rosa?

CLÉSIO - Vejo um problema grave em sua Antologia. Sou amigo de todos antólogos. Como decidir de quem comprar meu exemplar (comprarei, com certeza)? Caso não seja segredo profissional, comercial, explique como o livro será vendidos.

GUIMARÃES - Excelente a pergunta do bravo Jornalista dos Pampas... O problema é realmente grave, se tu quiseres mesmo comprar, tchê! Mesmo porque, além dos Direitos Autorais Legais, cada autor terá direito a 10% de Direitos Adicionais, pagos em exemplares... Pela amostra das vendas de seu próprio livro, que ao que me consta ainda não teve um lançamento “não virtual”... Você pode avaliar...
Veja bem, Clésio... como eu já tenho dito algumas vezes, sou Anarquista, mas não sou trouxa... Existem, entre vários grupos de autores virtuais, encontros periódicos e reais... Já tive oportunidade de participar de vários desses encontros, com destaque para o Encontro Anual dos Poetas Virtuais, anualmente realizado em várias capitais, incluindo Brasília e São Paulo, nos quais já tive oportunidade de comparecer... Vende-se bastante livros, podes crer... Se não me engano, há também um desses encontros aí em Porto Alegre, embora ainda não tenha tido a oportunidade de participar...
O Sindicato dos Escritores de Brasília tem participado de tais eventos, como já tive oportunidade de comentar com Domingos, semana passada em Brasília.
O Waldomiro, Administrador da Usina de Letras, também me pareceu bastante interessado no assunto e estamos desenvolvendo projeto específico...
E ainda mais: há duas iniciativas concretas a respeito dos lançamentos regionais da Antologia... Uma de Domingos, que sugeriu a Livraria Siciliano em Brasília, onde já lançou seu livro Sonhos & Pesadelos, do qual ganhei um exemplar autografado... Muito bom, por sinal... Outra do jovem jornalista formando Rodolfo, em São Paulo, que está me pressionando para definir o Cronograma Final da Antologia, vez que já está em contato com a Livraria Cultura, na Avenida Paulista, para o lançamento em Sampa.

CLÉSIO - A Usina está para novos autores, como o Brasil, para novos jogadores de futebol. Para descobrir-se talentos, basta oferecer oportunidades... O problema é quando viram estrelas! No seu timaço, há quem prometa ser grande "mascarado(a)"?

GUIMARÃES - Bom, Clésio... Tive a precaução de não convidar mascarados e q.u.e.t.a.i.s.! Mesmo o Domingos, que você mesmo identificou como o Maior Escritor da Usina de Letras, com livros já publicados, apresentou-se-me (gostou da construção?) como uma pessoa extremamente simples e objetiva, além de muito franco. Ora... e não é disto que precisamos? Autores simples, francos e objetivos? A oferta de oportunidades, realmente, propicia a descoberta de talentos... E, entre as dez estrelas da Antologia (me excluo por que já sou VIP), certamente encontraremos egos mais narcisistas... Mas mascarados? Não creio... A não ser que o gaúcho aí esteja armando alguma... kékéké!

CLÉSIO - Para encerrar esta entrevista, dirija algumas palavras aos senhores Waldomiro Guimarães Júnior, da Usina de Letras, e Tomaz Adour, da Editora Papel Virtual, seus parceiros nesse projeto importante para quem deseja abrir caminhos no hermético mundo literário brasileiro.

GUIMARÃES - Com o Waldomiro falei ainda na semana passada quando estive em Brasília. Mostrou grande entusiasmo e descobrimos, na oportunidade, outros projetos em que estaremos trabalhando juntos... Com destaque para uma Escola de Goiânia, que, vejam vocês, já é assinante da Usina de Letras e está com a idéia de fazer uma Antologia com os seus alunos... Isto, sim, é criatividade de uma Diretora de Escola de Ensino Fundamental... São “as professoras”, né Clésio?
Quanto ao Thomaz Adour e seu sócio André Figueiredo, estou até em falta com eles, tais tem sido os acontecimentos, tanto no meu trabalho como Consultor que de repente avolumou-se, quanto na atividade de Editor... Mas, sem dúvida, a Antologia será editada pela Papel & Virtual. E ainda para pegar as Festas de Natal...
Aproveitando a oportunidade, gostaria de enfatizar que, embora me divirta muito, também levo muito a sério este mundinho virtual, especialmente o mundo da Usina de Letras. Aqui na Usina, como em todo lugar e toda e qualquer sociedade, há exemplares de todas as espécies: talentosos e medíocres, humildes e arrogantes, bons e maus, crédulos e incrédulos, de boa fé e de má fé, humanos e q.u.e.t.a.i.s! Mas, todos nós que aqui estamos, creio, já vivemos o suficiente para descobrir que a vida é assim mesmo e que, apesar de todas as tentativas, ainda não existem rosas azuis*... E, finalizando com uma inspiração proporcionada, agora, pelas iluminadas professorinhas, a devassazul* e a tímidazul*, coloco a questão: Não seríamos nós as rosas azuis que o Criador não quis executar de próprios punho e cabedal?

Jornalista Clésio Boeira da Silva (Porto Alegre), com participação especial das professoras Adriana Luz Ruella (Salvador) e Milene Arder (Rio de Janeiro).

Guimarães, ISSO É QUE É CURRÍCULO!

Entrevista publicada originalmente no site hpFAZ no dia 29.10.2003

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui