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Poesias-->DUAS LUAS -- 17/11/2009 - 18:22 (Divina de Jesus Scarpim) |
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A primeira vez que ficou velho sofreu muito.
Depois acostumou
Bom como a lembrança que deixaria para sempre
Na pessoa que seria.
Seu estômago não tinha capacidade para conter toda a gula
Há aqueles que levam um pouco da vida deles
Em um papel de bala que um dia chupou
Em uma roda de carrinho quebrada
Em um bandaid manchado de um sangue marrom
Que saiu vermelho vivo daquele corte no dedo.
Um dia passado entre ansiedade e medo
Um dia muito pensado.
A curiosidade move o mundo não move?
O que fez o bicho homem descer da árvore
Provavelmente
A curiosidade de ver o que havia no chão
Era um menino pequeno que tinha uma grande curiosidade
Todos os meninos não têm?
Olhava para as coisas como um descobridor
Tentava entender tudo o que não entendia sozinho
Quem comeu um pedaço da lua?
O pé não pisou onde devia e o mundo veio abaixo
A estrada longa mergulha na noite e se perde
Com seus pontinhos de luz a paisagem corre
Aconteceu ali alguma coisa que criança não precisa saber.
E os olhou com seus olhos sem segredos
Não como a gente se dá no sexo
Mas como a gente se dá na morte
Com ele mata quem já morreu
O nada é leve
Trazia consigo um ódio ativo
Num tempo em que viver era perigoso
E excitante!
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