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Poesias-->ABANDONO -- 17/11/2009 - 18:04 (Divina de Jesus Scarpim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu queria te dar o meu planeta desabitado

e girar em tua órbita.

Queria chorar um oásis no abandono da tua vida,

ser serpente enroscada em teu presente

e ser pedra lascada em teu passado.

Fechar os olhos devagar e ver o mundo na tua respiração.

Queria ser muda e chorar um filho para te sorrir

Queria cantar com harpas canções de ninar para teus problemas

e tuas tristezas.

Como um rio lavar teu tédio e encher de som teu silencio de morte.

Queria não ser erro para corrigir tua vida.



Mas sou abandono, sou um até logo com som de adeus,

Sou sempre a que parte mesmo na chegada,

e por tuas lágrimas só posso te dar os olhares piedosos dos insetos

que vagam sobre a minha epiderme.

Sou a sujeira dos tempos do mundo.

E, ao invés de te purificar, egoisticamente, lavo em tua limpidez

minha lama negra.

Sou o suspiro cansado que busca a morte e grita a vida.

Quem pensa amar e não sabe ao menos quem é.

Deveria me purificar em ares remotos,

viver mil vidas, vagar mil mundos

para então ousar chegar perto do teu planeta.



Mas você foi o sol que não olhou a quem iluminar

e penetrou meu ser,

minha alma estéril e infecunda lampeja como vaga-lume

iluminada por você,

mas jamais poderá deixar de rastejar entre esses tantos pontos

de interrogação.

Vou destruir tua lua e te apagar o calor.

Serei teu demônio negro

e você não sentirá sequer o peso dos meus pés

calçando plumas, pisando em você.



Chorei tantos mares,

e não soube lavar nem mesmo esse sorriso podre

que se abre noite e morre de dor

na alma de quem enganou sem querer.

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