Domingo de manhã
Filemon F. Martins
Domingo de manhã. Já sopra o vento
e o sol já vai chegando, de mansinho.
Na cozinha, o café está quentinho,
leio o jornal, não quero perder tempo.
E fico ali, cismando, um pensamento
para escrever um verso com carinho,
quero espalhar amor pelo caminho,
e partilhar do meu contentamento.
Porque o amor jamais se desespera,
tudo suporta, vence, crê e espera
que o mundo vença a voz da insensatez.
E enquanto o dia passa lentamente
meu coração, contrito, apenas sente
que pode ser feliz mais uma vez.
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