A VERGONHA E A LEI
Como dizia o tremendo covarde: “Puxa, escapei
por muito”. MF
De que uma de duas partes mente
O rito no tribunal não se dá conta
Desde que oculte o que não sente
Seja a causa de muita ou pouca monta
O querelante e o querelado, pois
Trazem à tona, fatos à vontade
Embora o demandado, mais que os dois
Revele sua “versão” de inverdade
O juiz, o processo, mais um elo
A se perder e a se ganhar, no entanto
Verbo ad verbum num só corolário
Despindo tudo ao bater do martelo
Cujo som se envergonha nalgum canto
Como se fora um justo, mero otário.
WALTER DA SILVA
Camaragibe, 21 de outubro de 2009
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