Todos precisamos ter um referencial na vida. Pode ser a realização de um sonho, uma pessoa, uma nova posse. Referencial futuro.
O difícil é saber qual o referencial adotar no presente, referencial que influenciará diretamente no seu referencial futuro. Difícil é saber quem será o role model de sua vida. Algum professor que tenha lhe agradado, um ícone histórico ou artístico, um amigo, alguém da família.
O caso do professor exacerba a necessidade de uma conduta reta que os mestres devem ter perante seus discípulos. Querer ser moderninho apenas ressalta a tendência de os alunos acharem que tudo o que eles fazem é correto, afinal, o professor também faz. E professores moderninhos, com piercing e falando gírias pululam em nossas escolas.
Um ícone histórico nem sempre é a medida mais acertada. A idolatria e o fanatismo também podem levar à uma cegueira comportamental baseada no sucesso e na fama alheios.
O que dizer de um jovem que vive e age como seu ídolo musical que se droga frequentemente e, invariavelmente não tem uma família constituída? E o que pensar de uma jovem que não consegue firmar um relacionamento sério porque precisa seguir os padrões de comportamento de sua artista favorita? Diferentes homens, linguagem despojada e fútil, assuntos repetitivos, trivialidades.
O pior é que esse tipo de comportamento cria raízes, causa incapacidade compreensiva. Tudo é tido como certo e ponto final. Não há crescimento, há letargia. Não há reflexão, há aceitação. Tudo é normal, até mesmo ser mãe sem pai. Total falta de sensibilidade à família. Total falta de respeito para os filhos que virão.
Amigos. Trazem o cigarro, trazem a bebida, trazem as drogas, trazem a perda da honra. Tudo em nome da independência, da curtição, da provocação. Quantos já não se perderam pelos caminhos erróneos da vida apenas para dizer que são capazes de levar esse tipo de vida? Quantos já não tropeçaram nas pedras da vida, caíram e ficaram apenas por incapacidade de dizer não? E quantos desses que se perderam não fazem o papel de maduros, posam de independentes e bem sucedidos quando na verdade vivem à s custas dos pais e não param em um emprego?
Infelizmente levam a desgraça à vida de quem se dizem amigos. Às vezes inadvertidamente, à s vezes não. São corruptores, embora tenham já sido corrompidos e não percebido. Também perderam a referência em algum ponto da jornada.
A todos esses, algo em comum. A falta de maturidade. Maturidade que não virá se continuarem a ser adolescentes, mesmo que a idade diga o contrário.
E mesmo que os fatos comprovem, falta maturidade para enxergar.
