Será que ela gosta de mim? Se ela não gostar...
Será que vai chover? Se fizer sol...
Será que existe vida após a morte? Se não houver...
Será que se eu não tivesse feito isso aquilo teria acontecido?
Será que se eu tivesse feito isso aquilo não teria acontecido?
Nunca saberemos ou entenderemos o SE. Como diria Nelson Rodrigues, o imponderável também joga. E com ele nossas inquietações mais doídas, mais sentidas, mais vivas.
Enquanto o destino brinca, nós jogamos. E nem sempre temos a velocidade ou a sabedoria para uma decisão mais correta.
Será que ele vale a pena? Se não valer...
Será que as férias serão boas? Se não forem...
Será que se eu não tivesse dito aquilo ela teria chorado?
Será que se eu tivesse dito aquilo ela não teria chorado?
Será que existe futebol no céu? Se não existir...
Sim, temos dúvidas. Temos fraquezas, incertezas. Mas paradoxalmente essas dúvidas têm sua resposta na própria pergunta. Basta uma reflexão, uma ponderação. Frieza, clareza.
Parei, refleti, ponderei. Fria e claramente.
E cheguei à uma conclusão óbvia e ululante. É impossível, é improvável.